quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

Redes sociais validam o ódio das pessoas, diz psicanalista

Nas redes sociais, é possível expressar o seu ódio, dar a ele uma dimensão pública, receber aplausos de seus amigos e seguidores e se sentir, de alguma forma, validado.

Além disso, a linha entre uma ameaça virtual e uma ação criminosa é tênue, como ocorreu no caso da chacina ocorrida em Campinas (SP) no começo do ano, quando um homem matou a ex-mulher, o filho e outras dez pessoas durante uma festa de Ano Novo.

Essa é avaliação que o psicanalista Contardo Calligaris, doutor em psicologia clínica e autor de diversos livros, faz sobre a disseminação dos discursos de ódio nas redes sociais, que para ele deveria ser "perseguida". "Deveríamos ter limites claros ao que é o campo da liberdade de expressão, que é intocável, e o momento em que aquilo se torna uma ameaça."

Em entrevista à BBC Brasil, ele ressalta que as redes também trazem efeitos muitos positivos, refuta discursos de que o mundo está mais violento e fala de sua esperança de que os brasileiros se tornem "cidadãos melhores". Confira os principais trechos no link abaixo.

Fonte: http://www.bbc.com/portuguese/brasil-38563773



Desemprego em alta eleva risco de agitação social no Brasil, diz OIT

A marcha lenta da economia global está aumentando a agitação social pelo mundo, e o Brasil, com a piora no mercado de trabalho local, alimenta esse mal-estar, aponta relatório da Organização Mundial do Trabalho (OIT) divulgado nesta quinta-feira.

Segundo a organização, o crescimento econômico mundial continua decepcionante, sem motivar a criação de empregos suficientes para compensar o número de pessoas que ingressam no mercado de trabalho.

Com isso, a taxa mundial de desemprego deverá subir de 5,7% para 5,8% em 2017, estima a OIT, elevando o contingente de desempregados em 3,4 milhões de pessoas na comparação com o ano anterior. Ao todo, serão 201,1 milhões de pessoas sem emprego no planeta neste ano.

No Brasil, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o desemprego está em 11,9%, índice do trimestre encerrado em novembro de 2016, com 12,1 milhões de pessoas nesta situação.

A incerteza global com o desempenho da economia está aumentando o risco de agitação social e descontentamento em praticamente todas as regiões do mundo, aponta a OIT.

O chamado Índice de Agitação Social busca ser um termômetro da "saúde social" dos países.

Calculado pela OIT a partir de informações sobre protestos como manifestações de rua, bloqueios de vias, boicotes e rebeliões, pretende refletir a insatisfação da população com fatores como mercado de trabalho, condições de vida e processos democráticos.

No Brasil, o índice avançou 5.5 pontos em 2016, enquanto o aumento global foi de 0.7 ponto.

Como resultado da equação que soma insatisfação social e falta de trabalho, há um aumento na decisão das pessoas pela migração, aponta a OIT. O órgão cita estimativas que identificavam 232 milhões de migrantes internacionais no planeta em 2013, 89% em idade de trabalho.

Âncora brasileira

A OIT estima que o PIB (Produto Interno Bruto, soma dos bens e serviços produzidos pelo país) do Brasil irá recuar 3,3% em 2016, puxando para baixo a performance de toda a América Latina e Caribe.

A região deverá registrar a segunda recessão em menos de dez anos, com contração de 0,4% no PIB em 2016.

"Isso (recessão na América Latina) foi amplamente motivado pela performance econômica ruim do Brasil, dado o peso da influência do país na região e em parceiros de exportação", afirma o relatório da OIT, intitulado Perspectivas Sociais e do Emprego no Mundo - Tendências de 2017.

O Brasil também impactará negativamente o emprego na região, que deverá recuar 0,3% em 2017, estima a organização.

A OIT projeta o índice de desemprego no Brasil neste ano em 12,4%, um ponto acima do percentual de 2016.

Outras tendências

A organização destaca outros reflexos da precarização no mercado mundial de trabalho, como aumento das chamadas formas vulneráveis de ocupação - trabalhadores familiares não remunerados e trabalhadores por conta própria são exemplos desta situação.

Esse tipo de trabalho, diz a OIT, deve representar mais de 42% da ocupação total, ou 1,4 bilhão de pessoas em 2017, e o número deverá avançar 11 milhões por ano.

Outra tendência é a desaceleração da redução da pobreza dos trabalhadores - países em desenvolvimento deverão registrar nos próximos dois anos, por exemplo, aumento de mais de 5 milhões no número de trabalhadores que ganham menos de US$ 3,1 (R$ 9,84) por dia.

Ganhos fracos de produtividade, avanço tímido do investimento (movido em parte pela baixa nas commodities) e desaceleração do comércio global são fatores, segundo a OIT, que ajudam a explicar a marcha lenta da economia global - e os reflexos negativos no emprego.

Fonte: http://www.msn.com/pt-br/noticias/brasil/desemprego-em-alta-eleva-risco-de-agita%C3%A7%C3%A3o-social-no-brasil-diz-oit/ar-AAlOqxV?li=AAggXC1&ocid=mailsignout

Desemprego: o que fazer antes e depois dele bater na sua porta

Hoje vamos tratar de um assunto importante: o que fazer antes e depois de perder o emprego.

Apesar de o desemprego ser algo que aterroriza muita gente, há algumas coisas que você pode fazer para se precaver, e algumas ações para tomar logo após uma demissão. Vamos explorar um pouco de cada coisa.

Ainda estou empregado
Ótimo! Nesse caso você está com seu fluxo financeiro funcionando. Como não sabemos sobre o dia de amanhã, é importante que você tenha um plano pronto para o caso do desemprego bater na sua porta.

A saída é montar uma reserva de emergência destinada a um possível período sem renda. Os valores e períodos que vou apresentar dizem respeito à minha visão do assunto. Então, se você for mais conservador ou mais arrojado, faça os ajustes conforme desejar.

Sugiro que essa reserva financeira seja de 12x o valor da sua renda líquida (que é o salário que cai na sua conta, já descontados os impostos e outros custos retidos na fonte).

Para montar esse fundo de reserva, não há segredos. Você tem que poupar todos os meses. É aquela regrinha básica da educação financeira: sempre viver com menos do que se ganha, e investir uma parcela da renda.

Prefira investimentos conservadores e que possuam liquidez. Os títulos do Tesouro Direto são excelentes, e o material recomendado abaixo poderá te ensinar muito sobre isso.

eBook gratuito recomendado: Invista sem medo em títulos públicos

O conceito também vale para o empreendedor, para um autônomo, profissional liberal, etc. Afinal, sazonalidades podem acontecer em qualquer ramo de negócio e também as rupturas tecnológicas.

Aliás, fique atento se seu negócio não está sob a ameaça de novas tecnologias. Por exemplo, depois do Netflix, ficou difícil manter uma locadora de filmes gerando lucros. E não adianta reclamar, pois a tecnologia veio para ficar e cada vez mais irá transformar a experiência de consumo.

Acabo de ser demitido e tenho reservas financeiras
Se você montou seu fundo de reserva para emergências, agora terá cerca de 1 ano para obter renda novamente. Ao montar esta reserva, o que fez foi comprar um pouco de tranquilidade. Agora você pode pensar com calma sobre o que irá fazer, caso seja demitido.

Encare a tarefa de procurar novas fontes de renda como sendo o seu “trabalho”. Sugiro que divida este tempo de trabalho em três partes:

1) Faça contatos com amigos que possam te ajudar com sua recolocação profissional. Um dos ativos mais valiosos que temos são os contatos, o famoso “networking”. Se ele foi bem cultivado, agora é a hora de utilizá-lo como uma ferramenta auxiliar neste processo.

Leitura recomendada: Invista em networking e tenha uma vida cada vez mais rica

2) Estude a possibilidade de gerar renda por conta própria. Pense em suas habilidades e reflita com franqueza se elas estão associadas a alguma atividade que você possa desenvolver e que gere renda. Não adianta você gostar de uma coisa que não gere valor para a sociedade. Lembre-se, o objetivo é conseguir fazer dinheiro suficiente com isso.

3) Leia livros sobre vendas, marketing, negócios em geral, relacionamentos interpessoais e finanças pessoais. Estas são matérias que geralmente não são ensinadas nas escolas, e quando são, refletem pouco a realidade. São assuntos universais e que serão úteis e aplicáveis para toda a sua vida.

Acabo de ser demitido e não tenho reservas financeiras
Se você não fez o dever de casa e não tem um fundo de reserva, o nível de tensão será maior. Verifique se possui bens que possam ser vendidos para convertê-los em dinheiro para você criar sua reserva imediatamente.

O carro pode ser um desses itens. A não ser que você esteja pensado em usar seu carro para gerar renda com outro trabalho imediato, a melhor coisa a fazer é vendê-lo.

Além de estancar custos recorrentes com depreciação, manutenção, seguros e impostos, você terá dinheiro vivo para as despesas imediatas da casa que, aliás, precisarão ser reduzidas ao máximo.

Acredite, você e sua família vão sobreviver sem ele. Caminhar faz bem, e utilizar transporte de terceiros, seja público ou privado, não é nada de outro mundo. Em alguns casos é menos confortável, mas é melhor do que a falta de dinheiro para outras coisas mais básicas.

Leitura recomendada: Baixar o padrão de vida é melhor que sofrer com as dívidas

Se o imóvel que você mora é seu, também recomendo que avalie vendê-lo. Sei que isso “machuca” os pensamentos de muita gente, mas lembre-se que um aluguel custa no máximo 0,5% do valor de um imóvel.

Sua venda levantará uma quantidade maior de dinheiro, que será suficiente para uma boa reserva financeira. Depois que a “tempestade” passar, você e sua família pensarão com calma se vão comprar outro imóvel ou não, pois muita gente já percebeu que morar de aluguel pode ser muito melhor.

Este é outro assunto, e você poderá ler mais sobre isso clicando aqui.

A maioria das pessoas nessa situação termina fazendo dívidas para manter o padrão de vida. Este é um caminho perigoso, pois além de não ter dinheiro, você passar a estar com saldo “negativo”. Esse pode ser o início da rota de falência.

Eu prefiro me desfazer de bens para transformá-los em dinheiro do que me endividar. Mas, se você preferir os empréstimos, considere aqueles em que você pode dar seu imóvel como garantia, pois as taxas de juros são muito menores.

Acabo de ser demitido, não tenho bens nem reservas financeiras
Neste caso o nível de tensão será alto. Não restam alternativas a não ser procurar a casa de um familiar ou amigo para morar, pois possivelmente você não terá como pagar o aluguel.

Aproveite para aconselhar-se com pessoas de sua confiança e que entendam um pouco de finanças, pois é necessário compreender os motivos de você trabalhar e não conseguir gerar patrimônio.

Ou a renda é baixa demais, e nesse caso é necessário investir em conhecimentos para aumentar sua renda (livros são muito baratos e em alguns casos gratuitos); ou a educação financeira é inexistente ao ponto de se gastar tudo o que ganha.

Não há fórmulas mágicas para sair dessa situação. Dependerá de muita humildade e esforço para aprender coisas novas e desenvolver melhores hábitos ao cuidar do seu dinheiro.

Leitura recomendada: Aprenda a obter lucros expressivos com apenas mil reais

Conclusão
Prevenir será sempre melhor do que remediar. Para você, que ainda está empregado, antecipe-se, pense em formas alternativas de renda, ou dedique tempo para aprender mais sobre investimentos no mercado financeiro.

O importante é encontrar formas de multiplicar seu patrimônio nos tempos de “vacas gordas”, para estar tranquilo nos tempos de escassez. O desemprego costuma atingir a maioria das pessoas em algum momento da vida, mas só causam estragos para os desprevenidos.

Faça sua parte! Dedique tempo para cuidar de seus recursos financeiros, pois eles impactam direta e indiretamente em várias esferas de sua vida. Um abraço e até a próxima!

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Este artigo foi escrito por Giovanni Coutinho.

Gerente de Conteúdos do Dinheirama e praticante da educação financeira como estilo de vida. Trabalhou por 18 anos com tecnologias da informação e comunicação nas áreas de operação, marketing e vendas. Engenheiro pelo INATEL, possui pós-graduações em Administração e Economia Financeira pela Unicamp.

Este artigo apareceu originalmente no site Dinheirama.
A reprodução deste texto só pode ser realizada mediante expressa autorização de seu autor. Para falar conosco, use nosso formulário de contato. Siga-nos no Twitter: @Dinheirama


De cada três novos desempregados no mundo em 2017, um será brasileiro.

GENEBRA - O Brasil terá em 2017 o maior aumento do desemprego entre as economias do G-20 e adicionará 1,4 milhão de novos trabalhadores sem emprego à sociedade até 2018. Os dados são da Organização Internacional do Trabalho que, em um informe publicado nesta quinta-feira, alerta que o desemprego no País vai continuar a se expandir para atingir um total de 13,8 milhões de brasileiros até o ano que vem.

A OIT estima que, entre 2016 e 2017, o exército de desempregados no planeta aumentará em 3,4 milhões. Mas o epicentro dessa crise será o Brasil, responsável por 35% desse número, com 1,2 milhão em 2017 e mais 200 mil em 2018. De cada três novos desempregos no mundo, um será brasileiro.

Em termos absolutos, o Brasil terá a terceira maior população de desempregados entre as maiores economias do mundo, superado apenas pela China e Índia, países com uma população cinco vezes superior a do Brasil. Nos EUA, com uma população 50% superior à brasileira, são 5 milhões de desempregados a menos que no País.

"As coisas vão piorar no Brasil antes de voltar a melhorar", alertou o economista-senior da OIT, Steve Tobin. Pelos dados da entidade, o número de brasileiros sem empregos passará de 12,4 milhões em 2016 para 13,6 milhões em 2017. Para 2018, o número total chegará a 13,8 milhões.

Em termos percentuais, o salto no desemprego no Brasil vai ser o maior entre as economias do G-20. A taxa irá passar de 11,5% em 2016 para 12,4% em 2017. Ao final de 2018, apenas a África do Sul terá um índice de desemprego ainda superior ao do Brasil.

Na avaliação de Tobin, existem indicações de que a economia brasileira vai começar a se recuperar em 2018. Mas um impacto no mercado de trabalho não seria imediato, já que empresas tendem a aguardar antes de voltar a contratar. "Mesmo que o PIB melhore, existe uma reação retardada no mercado de trabalho", explicou. Na avaliação da entidade, a recessão em 2016 no Brasil foi "mais profunda que antecipada" e que essa realidade ainda vai se fazer sentir em 2017.

Um dos temores ainda da OIT é de que a informalidade no mercado de trabalho brasileiro cresça, assim como a taxa de pessoas em empregos precários.

Impacto. Na OIT, os economistas não escondem que os números brasileiros tiveram um impacto mundial e afetaram os cálculos gerais. Para a entidade, como consequência, a América Latina tem hoje o maior desafio do desemprego no mundo, diante da recessão e suas consequências em 2017. Além disso, o continente conta ainda com uma população jovem, pressionando o mercado de trabalho.

No total, a região deve terminar 2017 com uma taxa de desemprego de 8,4%, 0,3 pontos a mais que em 2016. "Isso será amplamente gerado pelo aumento do desemprego no Brasil", disse a OIT, lembrando que a recessão de 2016 foi a segunda em menos de uma década.

De acordo com a entidade, com uma contração do PIB brasileiro de 3,3% e 2016, o resultado foi um impacto em toda a região e nas exportações de países vizinhos. O cenário brasileiro acabou levando o PIB regional a sofrer uma queda de 0,4%. Quanto mais dependente do Brasil, pior foi o resultado para o continente. Na América Central, por exemplo, a expansão do PIB foi de 2,4%. Já na América do Sul, a queda foi de 1,8%.

Uma das consequências deve ser ainda o grau de vulnerabilidade, mesmo entre aqueles com trabalho. Entre 2009 e 2014, esses problemas foram alvo de amplas melhorias. Mas com o fim do crescimento regional em 2015, a taxa de trabalhadores em condições precárias aumentou de novo e passou de 90,5 milhões naquele ano para uma estimativa de 93 milhões ao final deste ano.

No médio prazo, a OIT ve a região com certo otimismo. A tendência aponta para uma estabilização dos preços de commodities e as "incertezas políticas e macroeconômicas começam a diminuir". O resultado seria uma volta do crescimento do PIB na região já em 2017, de cerca de 1,6%.

Mas, ainda assim, a pressão sobre o mercado de trabalho vai continuar e o número de desempregados aumentará. Isso por conta da expansão da população jovem continuar a um ritmo mais acelerado que a criação de postos de trabalho.

Mundo. Pelo mundo, a OIT alerta que o desemprego também deve aumentar em 2017, mas apenas de forma marginal. No total, serão 3,4 milhões de novos desempregados, uma taxa de 5,8%, contra 5,7% em 2016.

Isso significa que um total de 201 milhões de pessoas estarão sem trabalho neste ano, um número que irá aumentar em outros 2,7 milhões em 2018.

Se no início da década a explosão no desemprego foi gerado pela crise nos países ricos, agora os números apontam para os emergentes. Nas economias desenvolvidas, o número total de desempregados passará de 38,6 milhões de pessoas para 37,9 milhões entre 2016 e 2017. Mas, no mundo em desenvolvimento, ele subirá de 143,4 milhões para 147 milhões.

Para Guy Ryder, diretor-geral da OIT, o crescimento da economia mundial continua a ser "frustrante", o que deve criar sérios problemas para que mercados gerem postos de trabalho.

Além do desemprego, a OIT alerta para o fato de que 42% daqueles com um trabalho ocupam postos com alta taxa de vulnerabilidade, baixos salários e nenhum direito. "Nos países emergentes, quase um em cada dois trabalhadores vivem uma situação de vulnerabilidade", disse Tobin, economista da OIT.

Sem um crescimento suficiente da economia mundial, essa população com trabalhos precários deve aumentar em 11 milhões de pessoas. O número de trabalhadores ganhando menos de US$ 3,10 por dia deve também aumentar e mais de 5 milhões em apenas dois anos.

Fonte: http://www.msn.com/pt-br/dinheiro/carreira/de-cada-tr%C3%AAs-novos-desempregados-no-mundo-em-2017-um-ser%C3%A1-brasileiro/ar-AAlOth3?li=AAggXC1&ocid=mailsignout

As praias impróprias para banho no verão 2017.

Em pleno verão, os brasileiros precisam ficar atentos na hora de viajar pelo litoral do país. Na temporada 2017, mais de 150 praias foram classificadas como impróprias para banhistas.

De acordo com o levantamento realizado por EXAME.com, 14 unidades da federação estão com locais em que a qualidade da água está comprometida. Elas recebem essa classificação quando apresentam alta concentração de bactérias.

Santa Catarina registra hoje o maior número de pontos inadequados para banho de mar: 71 praias do estado estão poluídas e devem ser evitadas. Em contrapartida, no Maranhão, apenas um local (entre 21) foi considerado impróprio.

Para o presidente-executivo do Instituto Trata Brasil (ITB), Édison Carlos, a questão da qualidade das praias é grave. “Durante o verão, os sistemas de tratamento não dão conta do volume de pessoas e, devido ao funcionamento irregular, o esgoto é despejado no mar”, diz.

Segundo o especialista, a pessoa que entra em contato com a água contaminada pode contrair o vírus da Hepatite A, problemas gastrointestinais, verminoses, micoses e até conjuntivite.

Para conter o problema, segundo o presidente-executivo, as prefeituras deveriam investir recursos em saneamento ambiental, que envolve o tratamento da água e do esgoto, drenagem da chuva e coleta de resíduos sólidos.

“O uso de tanques de armazenamento de esgoto, por exemplo, seria uma solução para conter o  volume no momento de pico e evitar o despejo da sujeira em locais impróprios”, afirma. “As praias brasileiras deixam muito a desejar”.

Veja as praias não recomendadas para banho no Brasil.

1. Alagoas 


Rio São Francisco/Piaçabuçú – Rua Artur de Farias Lôbo /Frente ao Terminal Turístico de Artesanato

Rio São Francisco/Piaçabuçú – AL- 225,Sul/Frente ao restaurante Boca do Rio

Rio Niquim/ ± 300m da Foza

Praia da Avenida/Av. Assis Chateaubriand, interseção com à rua Dias Cabral

Praia da Avenida/Av. Assis Chateaubriand, interseção com à rua Barão de Anadia

Praia de Jatiúca/Av. Álvaro Otacílio, entre as Avenidas Antônio de Barros e Empresário Carlos da Silva Nogueira

Praia de Cruz das Almas/Av. Brigadeiro Eustáquio Gomes, entre as ruas Mascarenhas de Brito e Padre Luiz Américo Galvão

Praia de Maragogi/Frente à Praça Multieventos

Praia de Burgalhau/Frente ao restaurante.

CONTINUAÇÃO DA MATÉRIA NO LINK ABAIXO.

Fonte: http://www.msn.com/pt-br/viagem/noticias/as-praias-impr%C3%B3prias-para-banho-no-ver%C3%A3o-2017/ar-AAlMp9i?li=AAggXC1&ocid=mailsignout#page=1

sábado, 7 de janeiro de 2017

Concursos públicos mais cobiçados em 2017

Se 2016 foi desmotivador para os concurseiros. A crise e a suspensão de concursos federais fizeram o número de oportunidades minguar na carreira pública.

“Foi um ano bem ruim para quem tem o objetivo de ser servidor público, mas acredito que 2017 vai ser melhor porque a administração precisa de profissionais ”, diz Mariana Cassel, sócia fundadora e coach da VP Concursos.

Uma possível reforma da previdência para os servidores públicos também pode resultar em uma corrida para aposentadoria, de acordo com Mariana. “ Vimos acontecer em 1998 e 2003”, diz.

Tendo em vista a necessidade da administração por servidores, alguns esperados concursos públicos devem, sim, acontecer neste ano. Mas não dá para cravar datas para a publicação dos editais..

“Uma sugestão mais segura que ir na onda de “achismos” coletivos seria acompanhar o Projeto de Lei Orçamentária, o site do ministério do planejamento”, indica o ex-auditor do TCU, Victor Ribeiro, especialista em aprendizagem acelerada e criador do Programa Estratégias de Aprovação.

É fato que o Projeto de Lei Orçamentária Anual para 2017 (PLOA) traz uma boa quantidade de concursos federais e estaduais. “Mas a maioria das vagas para concursos está nos municípios e estados”, diz ele.

A seguir confira quais os concursos com mais chance de sair que devem estar entre os mais cobiçados e disputados neste ano, segundo os dois especialistas consultados.

Receita Federal

É um edital que pode sair no primeiro semestre tanto segundo a previsão. “O último concurso para auditor e analista já tem quatro anos”, diz Mariana da VP Concursos.

Agência Brasileira de Inteligência (ABIN)

Em maio ano passado, a Abin solicitou ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) autorização para fazer concurso para 650 vagas. “A agência está solicitando há quase quatro anos esse concurso”, diz Mariana.

O último concurso para oficial técnico de inteligência e para agente técnico de inteligência foi em 2010 e tinha 80 vagas: 50 para oficial e 30 para agente. Segundo a Abin, mais de 49,2 mil candidatos participaram do processo.

Tribunal Regional do Trabalho (TRT)

Diversos tribunais regionais do trabalho deverão abrir vagas imediatas de analista e técnico. Podem ocorrer já neste ano concursos nos tribunais dos estados de: Tocantins, Ceará, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e Santa Catarina.

Auditor-fiscal do trabalho

A defasagem de auditores- fiscais do trabalho é grande no Ministério do Trabalho e da Previdência Social (MTPS). São mais 1,1 mil postos vagos e, por isso, a expectativa é que um novo concurso seja autorizado neste ano.

Câmara dos Deputados

É o concurso que tem mais chance de sair logo segundo os dois especialistas consultados. Mariana, da VP Concursos diz que há a possibilidade até de o edital sair neste mês. A previsão é de 400 vagas para ensino técnico e superior. “É um bom concurso e, apesar de a lotação ser em Brasília, concurseiros de todo Brasil se mobilizam”, diz ela.

Câmara Legislativa do Distrito Federal


O edital para o concurso deve sair fevereiro e maio de 2017 e com oportunidades para todos os cargos, segundo afirmou o presidente da Casa Joe Valle (PDT), no fim do ano passado. De acordo com ele, serão mais de 100 vagas.

“Esse é outro concurso que já está quase certo”, diz Mariana. As vagas estão na justificativa para autorização e os recursos para preenchimento já estão no orçamento aprovado para este ano.

Tribunal Regional Federal

Podem ocorrer concursos para técnicos e analistas nos tribunais da 1ª Região (Distrito Federal e os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Bahia, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Piauí, Rondônia, Roraima e Tocantins), da 2º Região (Rio de Janeiro e Espírito Santo), da 3ª Região (São Paulo e Mato Grosso do Sul) e da 4º Região (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul).

Delegado da PF

A Polícia Federal tem trabalhado com um efetivo de delegados 30% menor, com quase 500 vagas ociosas. O pedido de concurso da PF é para 558 vagas e, além e delegado, também inclui oportunidades para perito. Vale destacar que no fim do ano passado os salários foram reajustados por lei e subiram para 22.102,37 reais.

Juiz do Trabalho Nacional

Em 2017, deve ocorrer o primeiro concurso para juiz do trabalho nacionalizado e não mais pelo Tribunal Regional do Trabalho. A resolução administrativa foi publicada em maio do ano passado pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST).

Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF)

O concurso deve selecionar auditores de controle externo, função de nível superior sem exigência de área de formação específica. O salário inicial para a função é de mais de 15 mil reais. O último concurso, com edital lançado em 2013, teve 19 vagas e 155 candidatos disputando cada uma delas.

Senado Federal

“Seria um pouco temário prever concurso no Senado para o primeiro semestre. Se tiver lançamento de edital neste ano, será só no segundo semestre”, diz Mariana. Mas a necessidade de novos profissionais é grande: são 1.118 cargos vagos. Além disso, estão definidos os requisitos para os servidores que integrarão a comissão organizadora, fato que indica que o órgão está preparando o processo seletivo.

Fonte: http://www.msn.com/pt-br/estilo-de-vida/perspectivas-2017/estes-concursos-p%C3%BAblicos-dever%C3%A3o-ser-os-mais-cobi%C3%A7ados-em-2017/ar-BBxUVl3?li=AAlfjsg&ocid=mailsignout

Governo prepara sistema para conceder seguro-desemprego automaticamente

O calvário dos trabalhadores em busca do seguro-desemprego, incluindo os do Rio, pode acabar no segundo semestre deste ano. O Ministério do Trabalho está implementando um sistema que vai encaminhar, automaticamente, o benefício aos demitidos sem justa causa, de forma que eles não precisem mais procurar os postos do Sistema Nacional de Emprego (Sine) para dar entrada no pedido.

A pasta trabalha na edição de uma norma que vai obrigar todos os empregadores a informar diariamente ao governo demissões e admissões, que fazem parte do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Hoje, as empresas têm prazo de até 37 dias para prestar essas informações. A mudança nessa regra é necessária, porque o trabalhador pode conseguir um emprego logo após dar entrada no pedido, e, neste caso, o benefício tem de ser suspenso. Além disso, a exigência vai tornar mais rápida a identificação e o atendimento ao desempregado.

O novo sistema está sendo desenhado com a ajuda da Caixa Econômica Federal, pagadora do seguro-desemprego. Deverá começar a funcionar primeiro em alguns estados para testes, entre os quais o Rio, para depois ser ampliado para todo o país já no início de 2018. Segundo o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, a ideia é que o trabalhador receba um SMS ou carta sobre o valor da parcela do seguro-desemprego e a data em que ele terá de comparecer a uma agencia da Caixa para receber o dinheiro.

— Essa medida é boa para o Rio, para todo o Brasil. A partir de 2018, não queremos mais que o trabalhador tenha que se deslocar até as agências e enfrente filas para dar entrada no seguro-desemprego. Não queremos que ele tenha mais esse tipo de incômodo — disse o ministro, acrescentando que a medida faz parte do conjunto de ações do governo para reduzir a burocracia e melhorar a qualidade do gasto público.

No fim de dezembro, O GLOBO mostrou que os postos do Sine no Estado do Rio estavam sem internet há mais de 20 dias, impedindo o atendimento de trabalhadores que precisavam requisitar o seguro-desemprego.

VARREDURA CONTRA FRAUDES


Outra novidade do sistema é a implementação de uma plataforma, já em operação, que detecta indícios de fraude contra o seguro-desemprego antes do desembolso dos recursos. Em apenas 15 dias de funcionamento, o mecanismo identificou, só numa primeira varredura, 41,5 mil pedidos suspeitos — uma despesa de R$ 142 milhões. O sistema permite a realização de até 30 varreduras. Nessa primeira fase, foram analisados pedidos do seguro e processos com parcelas a vencer.

Os requerimentos com indícios de irregularidade foram bloqueados até a apuração dos fatos. Do total, foi constatado em auditoria posterior que 2.350 pedidos são fraudulentos — o que representaria um gasto de R$ 12 milhões. Esses casos foram repassados à Polícia Federal, órgão responsável por esses tipos de crimes, praticados geralmente por quadrilhas especializadas.

Ao replicar o sistema sobre os benefícios pagos no segundo semestre de 2016, foram encontradas suspeitas de irregularidades em 115 mil pedidos do seguro. Segundo o ministro, os números mostram que o índice de fraude no pagamento do benefício é alto.

— Estou consciente de que essa medida é fundamental para proteger o dinheiro dos trabalhadores — destacou.

Numa estimativa conservadora, ele disse acreditar que o novo sistema vai gerar uma economia de R$ 1,3 bilhão por ano. Os gastos com o seguro-desemprego saíram de R$ 19,9 bilhões, em 2010, para R$ 36,4 bilhões, em 2016. Na gestão da ex-presidente Dilma Rousseff, foram tomadas medidas que restringiram o acesso dos trabalhadores ao seguro-desemprego, a fim de segurar os gastos com o benefício.

As fraudes acontecem, segundo a pasta, por causa de controles internos frágeis e falta de uma tecnologia moderna. Até então, os pedidos eram cruzados apenas com o Caged. Deveriam ser comparados com a Rais (Relação Anual de Informações Sociais) e base de dados do FGTS, gerido pela Caixa. Agora, os três estarão conectados, num único sistema. O investimento total será de R$ 72 milhões.

Entre os indícios de fraudes foram encontrados vários trabalhadores com mesmo número de telefone e mesmo endereço. Quadrilhas especializadas reativam empresas extintas, empregam funcionários fantasmas de forma retroativa e até recolhem FGTS atrasado só para dar sinais de que os pedidos são legais.

Sem um controle mais rigoroso, sobrava para a Polícia Federal fazer o trabalho depois dos valores já pagos. De acordo com dados do ministério, entre 2012 e 2016, a PF realizou 12 operações, que apontaram R$ 153,5 milhões de prejuízos aos cofres públicos.

— Nós elogiamos o trabalho da Polícia Federal. Mas a ação ocorre depois que os valores já foram desembolsados, com pouquíssimas chances de recuperação. Com o novo sistema, vamos trabalhar de forma preventiva — ressaltou o ministro.

Fonte: http://www.msn.com/pt-br/dinheiro/economia-e-negocios/governo-prepara-sistema-para-conceder-seguro-desemprego-automaticamente/ar-BBxZtlQ?li=AAggXC1&ocid=mailsignout

sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

Saque de FGTS inativo começa em fevereiro

Os trabalhadores com saldo nas contas inativas do FGTS que fazem aniversário em janeiro já devem começar a sacar os recursos em fevereiro. O cronograma de pagamento será fechado pela Caixa Econômica Federal nas próximas semanas, mas a orientação do governo é que todos os cotistas recebam o dinheiro no prazo máximo de um ano, para que a medida surta efeito na economia.

Dessa forma, quem nasceu em fevereiro receberá em março, e assim sucessivamente. Os meses também poderão ser agrupados para encurtar o prazo, disse um técnico envolvido nas discussões.

A Caixa estuda creditar diretamente os valores para os trabalhadores que têm conta no banco. A ideia é acionar também os correspondentes bancários, como as lotéricas, para ajudar no pagamento, no caso de saldos de menor valor.

Também se cogita a possibilidade de os trabalhadores serem informados por telefone (SMS) ou e-mail sobre o valor a que terão direito e a data do saque ou crédito na conta corrente. Para isso, a Caixa está fazendo um amplo trabalho no banco de dados, a fim de atualizar endereços, usando vários cadastros, como Bolsa Família, CPF e seguro-desemprego, além de consultar as informações de quem tem conta ativa no FGTS, mais atualizadas.


MAIORIA TEM UM SALÁRIO MÍNIMO


Segundo uma fonte, o primeiro passo é melhorar a qualidade do cadastro das contas inativas. Em muitos casos, não consta número de telefone, e o endereço está desatualizado.

A Caixa chegou a cogitar como critério para a liberação dos recursos os saldos das contas inativas, de modo a beneficiar primeiro os trabalhadores com menores valores — o que corresponde à maioria, pois mais de 80% têm até um salário mínimo, hoje em R$ 937. Essa ideia, no entanto, poderia causar uma corrida à Caixa, pois muitos cotistas não sabem quanto têm a receber.

Pesa a favor do corte pela data de nascimento o fato de a Caixa ter experiência com a liberação do abono (PIS), que vai de julho a junho do ano seguinte, período no qual são atendidas 20 milhões de pessoas. Segundo um técnico, nesse caso, o fluxo de trabalhadores no banco é estável ao longo do ano, à exceção de fevereiro, que tem menos dias.

A Caixa informa que há 18,6 milhões de contas inativas no FGTS, no total de R$ 41 bilhões. Como muitos cotistas têm mais de uma conta, o governo estima que dez milhões de pessoas serão beneficiadas.

A previsão é que sejam sacados R$ 30 bilhões, pois há contas com valores tão baixos que não compensam a ida à agência.

Serão beneficiados com o saque das contas inativas do FGTS todos os trabalhadores que pediram demissão ou foram demitidos por justa causa até 31 de dezembro de 2015. A medida não contempla casos de cotistas que permanecem no mesmo emprego, mas têm conta inativa porque a empresa mudou de CNPJ.

Quem usou os recursos do FGTS para aplicar na Vale ou na Petrobras e depois ficou com a conta inativa poderá resgatar a aplicação e receber o dinheiro. Neste caso, os trabalhadores devem procurar os bancos onde fizeram o investimento. Quem não quiser sacar poderá deixar a quantia rendendo numa conta-investimento.

Os extratos de contas podem ser consultados no aplicativo do FGTS (disponível para Android, iOS, e Windows Phone), no site da Caixa (www.caixa.gov.br) e utilizando o Cartão do Cidadão em postos de autoatendimento ou agências do banco.

Hoje, o trabalhador pode sacar o dinheiro da conta inativa na sua data de aniversário, desde que ele esteja desempregado há pelo menos três anos.

Fonte: http://www.msn.com/pt-br/dinheiro/economia-e-negocios/saque-de-fgts-inativo-come%C3%A7a-em-fevereiro/ar-BBxXiVV?li=AAggXC1&ocid=mailsignout

quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Faça você mesma o seu plano de carreira

Qual é o trabalho dos seus sonhos? Quando pensa no futuro, em que posição você se enxerga? São essas perguntas que devem guiar sua trajetória profissional. As respostas serão ferramentas poderosas para construir um plano de carreira, que ajudará a traçar  um caminho mais pleno e satisfatório. Esse tipo de planejamento era comum em grandes empresas, que também o usavam para atrair talentos. “Vimos nossos pais passarem a vida toda em uma única companhia, que disponibilizava um projeto para uma ascensão vertical. Hoje, é raro isso acontecer e há muito mais mudanças horizontais”, explica Eliane Figueiredo, sócia-diretora da Projeto RH, consultoria de recursos humanos, de São Paulo.

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Sem essa perspectiva por parte do empregador, migrou para o funcionário a responsabilidade de criar a própria rota e atualizá-la. Não é tão difícil quanto parece e ainda pode ser bem eficiente para levar você ao seu objetivo final. “Nesse caso, é um erro esperar que o outro tome a frente e aja em seu favor”, explica Eliana Molina, vice-presidente de recursos humanos para América do Sul e Central na Herbalife. Segundo ela, o plano de carreira precisa ser vivo, adaptando-se aos momentos de vida e às necessidades de cada um. “O desenvolvimento é constante e deve ser recapitulado de tempos em tempos.” Confira como colocar seu projeto em prática.

1. Desenvolva o autoconhecimento

Após responder às duas perguntas que abrem esta reportagem e definir um objetivo, o próximo passo para construir um bom plano de carreira é se aprofundar em uma autoavaliação. Vale ser bem prática: em uma folha de papel, faça uma lista das suas habilidades e capacidades. Ao lado, escreva seus pontos fracos, aqueles que ainda estão longe de ser satisfatórios para o cargo que busca. Não se restrinja aos cursos do seu currículo. Avalie também conhecimentos subjetivos, tais como sua habilidade de se comunicar e quão resiliente você é. “Seja sincera consigo mesma, pois as aptidões listadas serão exigidas quando alcançar a posição”, indica Tânia Regina Abiko, sócia-diretora da Orientha Carreira, consultoria de recursos humanos, em São Paulo. Se ficar em dúvida, converse com antigos chefes, colegas e até amigos. O feedback pode trazer mais clareza sobre o tema. Outro quesito que precisa ser levado em consideração é seu estilo de vida. Se você faz questão de folgar nos fins de semana, mirar no cargo de diretora de eventos da empresa está fora de cogitação, pois nesses dois dias costuma concentrar-se o maior fluxo de trabalho. “Olhe para o mercado e veja o que a vaga exige antes de se decidir, já que planejamento de carreira e projeto de vida andam de mãos dadas”, explica Silvana Nardini Bock, sócia na Panelli Motta Cabrera, consultoria para a contratação de executivos.


2. Invista em você

Uma vez ciente das próprias lacunas, busque aprimoramento. Foi o que fez Luciane Lucio Pereira, 53 anos, enfermeira e pró-reitora de pós-graduação, pesquisa e extensão da Universidade de Santo Amaro, em São Paulo. Mesmo durante a graduação em enfermagem, a paulistana já sabia que gostava de ensinar. “Quando tive a oportunidade de instruir uma equipe em um hospital, vi que aquela era minha área de interesse e busquei treinamentos que me dessem a capacitação necessária para construir minha carreira”, conta. Primeiro, dedicou-se a um curso de gestão na Fundação Getulio Vargas e, depois, inscreveu-se em licenciatura na Pontifícia Universidade Católica. “Ali, aprendi a administrar equipes e também adquiri conhecimentos sobre pedagogia”, diz. Completou com mestrado e doutorado. “Apesar de ter entrado para a área de gerenciamento, nunca deixei de dar aulas. É um plano B para quando eu quiser mudar de rota novamente.” Hoje, mesmo já tendo conquistado diversos cargos da hierarquia de gestão, ainda se mantém atualizada. “O próximo passo é estudar a tecnologia envolvida nos processos de aprendizado, pois preciso estar de olho no futuro”, completa.


3. Melhore a comunicação

Em um tempo que valoriza os esforços coletivos, é irônico que os profissionais ignorem suas falhas de comunicação. Especialistas de recursos humanos apontam que esse é um dos pontos fracos mais comuns hoje. “Não basta serapenas um bom técnico. Quase 80% das profissões exigem trabalho em equipe. É essencial saber conversar com públicos distintos e construir relacionamentos”, afirma Eliane Figueiredo. Há cursos que colaboram nessa tarefa e, inclusive, ampliam sua rede de contatos. Não recuse convites para workshops, feiras ou fóruns.

“Todo lugar guarda potencial para conhecer alguém que será indispensável no futuro de sua carreira. É assim que pessoas de sucesso mantêm seu dinamismo e tornam-se capazes de montar equipes harmoniosas quando necessário”, diz Tânia Abiko. A dica é ainda mais valiosa para profissionais que estejam tentando se recolocar, já que um bom marketing pessoal começa em sua capacidade de se apresentar ao mercado. “Se você tivesse um minuto para falar de sua trajetória e de seus interesses profissionais, o que diria?”, questiona Eliana Molina. Esse discurso deve ajudar a vendê-la tanto em uma rápida conversa de elevador como em uma entrevista de emprego.


4. Revisite o plano regularmente

É natural que interesses e desejos mudem com o decorrer do tempo. Para manter seu projeto atualizado e não perder o foco, recomenda-se rever seu roteiro ao menos uma vez ao ano. Marceli Passoni, 33 anos, administradora e especialista em planejamento estratégico da empresa de telefonia Vivo, usa esse recurso para sair de sua zona de conforto. “Eu tinha um cargo de gerência em uma companhia que adorava. Sabia, porém, que teria mais chance de crescer se migrasse para outra área. Optei por aceitar um cargo técnico. Na prática, é um downgrade, mas encontrarei mais desafios para me desenvolver”, afirma a profissional. Essa revisão também serve para prestar contas: qual a diferença entre o que idealizou e o que realmente realizou?

“É um exercício que ajuda a definir metas mais realistas. Não adianta prometer a si mesma matricular-se em três cursos de línguas e mais um MBA se você simplesmente não tem tempo para tudo”, diz Eliane Figueiredo. Com novos objetivos estabelecidos, marque o prazo para alcançá-los e pesquise o caminho até lá. “Use essa dinâmica para trabalhar a ansiedade. Toda carreira tem um tempo. Não existe virar presidente de um dia para o outro”, explica Eliana Molina. É importante também estar a par da conjuntura do mercado: seu plano precisa levar em consideração fatores externos, como crises ou reformulações dentro da empresa ou do mercado em que pretende atuar. Dessa maneira, você estará preparada para oportunidades inesperadas.

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5. Siga o mestre

Ao longo de sua trajetória, é essencial contar com alguém de nível sênior, que já tenha passado pela sua cadeira e possa lhe dar conselhos específicos sobre como agir. No momento de fazer ou atualizar seu plano de carreira, essa pessoa é ainda mais importante, pois conhece o contexto de suas opções e poderá lhe dar conselhos proveitosos. “É um mentor, alguém com quem você tem uma relação de confiança e que servirá como um guia, mesmo sem receber pelo serviço. Pode ser até da sua empresa”, explica Eliana Molina. Se sua carreira estiver mais consolidada e você tiver recursos, contrate um coach. Esse profissional lhe apresentará técnicas e metodologias para transformar seu projeto em realidade.

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6. Encontre o líder dentro de você

Você se torna chefe muito antes de assumir a coordenação de uma equipe: em casa, gerenciando os filhos ou a empregada doméstica; no trabalho, observando seus superiores. “Quando se convive com chefes ruins, podemos destacar os padrões que não queremos repetir e nos espelhar apenas naqueles que admiramos”, aconselha Silvana Bock. Esse aprendizado também pode ser potencializado ao reparar em presidentes de outras empresas, acompanhar uma figura pública que estima ou ler biografias e livros de negócios.

Na sua vez, vale investir em aprendizado. Cursos de liderança ensinam a comunicar-se com a equipe, o que dizer e como. Também ajudam a encontrar a postura ideal para épocas de crise. Ainda assim, não espere sentir-se totalmente pronta ou ter todas as respostas. “Um líder de sucesso é aquele que nunca se acha preparado ou completo. Dessa forma, ele estará sempre aberto às oportunidades de aprender e de conhecer o que é novo”, diz Eliana Molina. Além de compreender as pessoas do time, ele deve ter domínio da cultura da empresa. Se é uma multinacional, por exemplo, vale tentar visitar a sede e procurar absorver os valores.


7. Planeje o salário

Previsões salariais também devem estar atreladas ao plano de carreira e precisam ser calculadas de acordo com sua idade e o momento de vida. Por exemplo: aos 35, comprando o próprio apartamento; aos 45, mudando para um maior. Estime o valor necessário para bancar sua meta e, aí, veja qual cargo precisaria ocupar para isso. “Quando há mais movimentações laterais que verticais, uma nova posição nem sempre estará vinculada a um aumento, mas talvez os benefícios sejam melhores”, explica Tânia Abiko.

O próximo passo é ver se a realidade almejada é possível naquela empresa. Se a recompensa esperada demorar, avalie o contexto. Leve em consideração a situação do mercado, o tamanho da empresa e a cultura interna. “Antes de aceitar um novo posto, conheça alguém que já trabalha na companhia e converse sobre suas expectativas. Se não der para negociar o salário na contratação, verifique se o gestor deixa abertura para retomar a conversa depois”, sugere Eliana Molina.

Fonte: http://www.msn.com/pt-br/dinheiro/carreira/fa%C3%A7a-voc%C3%AA-mesma-o-seu-plano-de-carreira/ar-BBxSuwq?li=AAggXC1&ocid=mailsignout

terça-feira, 3 de janeiro de 2017

Por que milhares de pessoas receberão salários sem trabalhar em 2017

Imagine ganhar um salário todo mês sem precisar trabalhar?

O sonho de muitas pessoas está para se tornar realidade em alguns países do mundo, que discutem implementar, cada um a seu modo, variações da chamada Renda Básica Universal (RBU).

Por esse sistema, cada cidadão recebe uma quantia fixa por mês determinada pelo Estado, independentemente de trabalhar ou não.

A Finlândia, por exemplo, começa a conduzir, neste mês, um programa piloto com 2 mil finlandeses pelo qual cada um deles vai ganhar 560 euros (R$ 1.918) mensais.

No Brasil, uma lei instituindo a 'renda básica de cidadania', de autoria do ex-senador Eduardo Suplicy (PT-SP) foi aprovada em 2004, mas nunca foi regulamentada.

Governos de vários países vêm discutindo a possibilidade de implementar uma renda básica para todos os cidadãos. Confira aqui algumas experiências ao redor do mundo.

América do Norte

Canadá

A partir de março, a província de Ontário, no Canadá, dará início a um projeto piloto de renda mínima a todos os cidadãos, estando eles empregados ou não.

O custo do programa chega a US$ 18 milhões (R$ 58,6 milhões).

O país já havia sido palco de um dos maiores e mais ambiciosos experimentos de renda mínima na América do Norte, quando, em 1974, os 10 mil habitantes de uma pequena cidade agrícola chamada Dauphin receberam valores mensais sem contrapartidas.

O projeto não durou os quatro anos inicialmente planejados, mas a conclusão foi de que o resultado foi promissor.


Estados Unidos

Desde 1982, o Estado americano do Alasca paga a cada um de seus 700 mil habitantes uma espécie de RBU conhecida como Alaska Permanent Fund Dividend (Dividendo do Fundo Permanente do Alasca, em tradução livre).

O dinheiro vem dos rendimentos proporcionados por um fundo que investe os royalties do petróleo recebidos pelo Estado.

O valor varia a cada ano. Em 2016, foi de US$ 1.022 (R$ 3.320).

Europa

Finlândia

O programa piloto para implantar uma renda mínima universal começa a ser testado a partir deste ano.

Em princípio, 2 mil finlandeses escolhidos aleatoriamente vão receber cada um 560 euros (R$ 1.918) mensais.

Considerado como o novo modelo de previdência social dos anos 2020, o rendimento básico será livre de impostos e substituiria, no futuro, todos os auxílios sociais atualmente oferecidos pelo Estado por um único benefício, distribuído igualmente para todos.

O plano é testar o experimento neste ano e no próximo e fazer uma avaliação dos resultados em 2019.

O programa pioneiro ─ já que não existe, atualmente, nenhum sistema puro de renda mínima universal em nenhum lugar do mundo ─ tem o apoio de 70% da população finlandesa.

Homem debaixo de 'chuva de dinheiro'© Thinkstock Homem debaixo de 'chuva de dinheiro'

Alemanha

O Parlamento alemão concluiu que a RBU é "irrealizável" por um número de razões que inclui um provável aumento da imigração, a falta de viabilidade para financiá-lo e o fato de que os sistemas previdênciário e tributário do país teriam de ser reconfigurados.

Holanda

Assim como na Finlândia, a Holanda dá início neste mês a um experimento de dois anos pelo qual 300 moradores de Utrecht e de outras cidades próximas receberão de 900 euros (R$ 3.079) a 1,3 mil euros (R$ 4.447) por mês.

Desse grupo, 50 pessoas vão receber a renda básica sem qualquer tipo de regulamentação. Ou seja, se encontrarem um emprego ou obtiverem qualquer outra fonte de renda, poderão somar os dois rendimentos.

O experimento chama-se Weten Wat Werkt ("Saber o que funciona", em tradução livre).

Suíça

Em junho do ano passado, eleitores suíços foram às urnas votar em um referendo sobre a implementação de uma renda mínima garantida a todos os habitantes do país, mesmo àqueles que não trabalhassem.

A proposta acabou rejeitada pela ampla maioria da população.

O projeto previa estabelecer o pagamento de um salário de 2,5 mil francos suíços (cerca de R$ 9 mil) por adulto e 625 francos (R$ 2.350) por cada menor de 18 anos.

Índia

O Banco Mundial estima que, devido à evolução da tecnologia, a automatização pode cortar 68% dos empregos na Índia.

Por causa disso, o Instituto Nacional de Finanças Públicas e Política do país está defendendo a ideia de implementar a RBU como um substituto do sistema de bem estar social, que muitos consideram ineficiente e acusam de beneficiar os mais ricos em vez dos mais pobres.

Brasil

Apesar de aprovada e sancionada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2004, a lei que institui a 'renda básica de cidadania' nunca foi regularizada ─ um dos passos necessários para sua implementação.

Seu principal articulador foi o ex-senador e atual vereador Eduardo Suplicy (PT-SP). O petista dedicou boa parte de sua vida política ao projeto.

Homem empurra carrinho de dinheiro© Thinkstock Homem empurra carrinho de dinheiro
De acordo com a lei, todos os brasileiros e estrangeiros que moram há pelo menos cinco anos no Brasil devem receber um benefício monetário suficiente para atender às despesas mínimas com alimentação, educação e saúde.

Suplicy diz considerar que o programa Bolsa Família é um dos meios para alcançar tal objetivo.

A polêmica

O conceito de uma renda básica universal vem sendo tema de discussão entre filósofos, economistas e políticos durante séculos, sempre cercado de muita polêmica.

Um dos fundadores dos Estados Unidos, o economista britânico Thomas Paine, propôs ─ em um ensaio chamado Justiça Agrária, de 1797 ─ a tributação de grandes propriedades fundiárias, de modo que cada indivíduo recebesse uma "subvenção de capital" que lhe permitiria "fugir à indigência e exercer os direitos declarados universais".

Já em 1853 o filósofo francês François Huet defendia tais transferências de renda sem contrapartidas para todos os jovens adultos, que seriam financiadas por impostos sobre heranças e doações.

Mais recentemente, economistas de renome, como o americano Joseph Stiglitz e o francês Thomas Piketty, engrossaram o coro pela aprovação de uma renda mínima universal.

Os partidários do sistema garantem que o benefício reduziria a desigualdade, ajudaria os desempregados e quem se dedica a cuidar de familiares sem ser remunerados, e equilibraria o aumento da automatização do trabalho.

Por outro lado, seus críticos afirmam que o pagamento regular feito pelo Estado desencorajaria as pessoas a trabalhar e, assim, prejudicaria a economia, fomentando a pobreza.

Mas segundo um estudo publicado em 2011 por Evelyn L. Forget, professora de Economia da Universidade de Manitoba (Canadá), o pagamento de uma renda básica a todos os cidadãos de Dauphin, durante o experimento conduzido na década de 70, reduziu a pobreza e amenizou vários outros problemas socioeconômicos.

Paralelamente, em vários países do mundo, incluindo muitos latino-americanos, há movimentos que pressionam com mais ou menos sucesso para que os salários mínimos se tornem salários dignos.

"A criação do salário mínimo foi uma tentativa de criar um nível básico de ingresso", diz Linda Yueh, professora adjunta de Economia na London Business School, na Inglaterra.

"A renda básica universal e o salário mínimo digno são ideias similares, mas a renda básica vai mais longe pois trata de assegurar que todo mundo tenha um nível mínimo de rendimento para poder viver", acrescenta ela.

Fonte: http://www.msn.com/pt-br/dinheiro/economia-e-negocios/por-que-milhares-de-pessoas-receber%C3%A3o-sal%C3%A1rios-sem-trabalhar-em-2017/ar-BBxPOR7?li=AAggXC1&ocid=mailsignout