quinta-feira, 26 de janeiro de 2023

LIBERDADE DE EXPRESSÃO É TEMA CENTRAL DA NOVA EDIÇÃO DA REVISTA RUMORES

Artigos abordam questões ligadas à violência contra jornalistas, representatividade e cultura do cancelamento Lançada na primeira semana de janeiro de 2023, a mais recente edição da revista Rumores apresenta análises importantes sobre temáticas atuais e assuntos cada vez mais debatidos na sociedade. Em seu dossiê – conjunto de artigos dedicados a um mesmo tema – a revista destaca estudos recentes sobre liberdade de expressão, violência contra jornalistas e censura. Vittor Blotta, professor do Departamento de Jornalismo e Editoração da ECA (CJE), Daniela Osvald Ramos, docente do Departamento de Comunicações e Artes (CCA) e Cláudia Lago, também do CCA e ex-presidente da Comissão de Direitos Humanos da ECA, e outros pesquisadores da comunicação contribuem para o dossiê temático. Além disso, marcam presença na nova edição discussões sobre questões culturais, como a representatividade no Carnaval, as relações mediadas pelas redes sociais no Big Brother Brasil e diferentes temáticas presentes no rap nacional. Para as editoras convidadas, Nara Lya Cabral Scabin e Andrea Limberto Leite, “resgatar e ressignificar criticamente o debate contemporâneo da liberdade de expressão se configura como tarefa urgente a pesquisadores comprometidos com a defesa dos valores democráticos” no atual contexto brasileiro. A professora Rosana de Lima Soares, atual coordenadora do grupo MidiAto, também comenta o momento do país: “vislumbramos um novo cenário: o retorno gradual das atividades cotidianas, com maior controle da covid-19, e o restabelecimento de um pacto democrático amplo, por meio de uma frente composta por diversos setores da sociedade brasileira”, afirma a docente no editorial da revista. Ela ainda completa destacando o compromisso da universidade pública “na difusão do saber e na transformação social”. Publicada semestralmente por MidiAto - Grupo de Estudos de Linguagem e Práticas Midiáticas, a revista, que está em seu volume 16, trata de temas ligados à comunicação, cultura, mídias e linguagem. A atual edição, que conta com o dossiê Liberdade de expressão: perspectivas críticas a partir de mediações e processos na cultura midiática, está disponível gratuitamente no Portal de Revistas da USP. Por: Cecília O. Freitas ECA/USP

domingo, 15 de janeiro de 2023

Administração Penitenciária do DF divulga lista de 1.398 golpistas presos em Brasília

A Advocacia-Geral da União (AGU) protocolou nesta quinta-feira (12) na Justiça Federal sua primeira ação contra supostos financiadores dos ataques a prédios públicos durante as manifestações golpistas no domingo (8). O órgão, vinculado ao governo federal, solicitou o bloqueio de R$ 6,5 milhões em bens de 52 pessoas e sete empresas para que esses valores sejam eventualmente usados para bancar indenizações contra danos causados. Ainda no domingo, dia dos atos, a AGU anunciou que montaria uma força-tarefa para apurar quem são os organizadores e financiadores das manifestações golpistas, para cobrar deles essas indenizações. A ação aberta nesta quinta é fruto desse trabalho. Segundo o órgão, as pessoas e empresas processadas financiaram o fretamento de ônibus que levaram manifestantes golpistas a Brasília. A AGU chegou a esses nomes baseada em dados da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), que registra quem contrata ônibus para transporte de passageiros no país. :: TCU aciona órgãos federais e do DF para saber se receberam indícios da barbárie bolsonarista :: A AGU argumenta que os processados deverão pagar pelos danos em prédios públicos junto com os depredadores efeitos, ou seja, quem de fato entrou e vandalizou os locais. O órgão informou que, no domingo, houve "quebra de objetos e itens mobiliários, a exemplo de computadores, mesas, cadeiras, vidros das fachadas e até a danificação de obras de artes e objetos de valores inestimáveis à cultura e à história Brasileira", causando "vultoso prejuízo material" ao patrimônio público. De acordo com a AGU, os R$ 6,5 milhões em bloqueios solicitados se justificam justamente pelo valor dos danos, que até agora foram apenas parcialmente apurados. Esse valor considera estimativa do Senado Federal de danos de R$ 3,5 milhões ao seu prédio e da Câmara Federal, cuja avaliação preliminar é de prejuízos de R$ 3,03 milhões ao edifício da Casa. ::Armas, HDs roubados e obras destruídas: como ficaram os Três Poderes após ato criminoso?:: Ainda não há estimativas para os prejuízos causados nos palácios do Planalto e do Supremo Tribunal Federal. A Advocacia-Geral também disse que o bloqueio dos bens é necessário considerando "a gravidade dos fatos praticados e nos quais os réus se envolveram". Informou que, além dos danos materiais, os atos "implicaram ameaça real ao regime democrático brasileiro". Confira a lista dos processados. Dados como CPF, CNPJ e endereços foram preservados pela reportagem: 1. ADAILTON GOMES VIDAL 2. ADEMIR LUIS GRAEFF 3. ADOILTO FERNANDES CORONEL 4. ADRIANE DE CASIA SCHMATZ HAGEMANN 5. ADRIANO LUIS CANSI 6. ALETHEA VERUSKA 7. AMIR ROBERTO EL DINE 8. APARECIDA SOLANGE ZANINI 9. BRUNO MARCOS DE SOUZA CAMPO 10. CARLOS EDUARDO OLIVEIRA 11. CESAR PAGATINI 12. CLAUDIA REIS DE ANDRADE 13. DANIELA BERNARDO BUSSOLOTTI 14. DYEGO PRIMOLAN ROCHA 15. FERNANDO JOSE RIBEIRO CASACA 16. FRANCIELY SULAMITA DE FARIA 17. GENIVAL JOSE DA SILVA 18. HILMA SCHUMACHER 19. JASSON FERREIRA LIMA 20. JEAN FRANCO DE SOUZA 21. JOAO CARLOS BALDAN 22. JORGE RODRIGUES CUNHA 23. JOSE DE OLIVEIRA 24. JOSE ROBERTO BACARIN 25. JOSIANY DUQUE GOMES SIMAS 26. LEOMAR SCHINEMANN 27. MARCELO PANHO 28. MARCIA REGINA RODRIGUES 29. MARCIO VINICIUS CARVALHO COELHO 30. MARCO ANTONIO DE SOUZ 31. MARCOS OLIVEIRA QUEIROZ 32. MARLON DIEGO DE OLIVEIRA 33. MICHELY PAIVA ALVES 34. MONICA REGINA ANTONIAZI 35. NELMA BARROS BRAGA PEROVANI 36. NELSON EUFROSINO 37. PABLO HENRIQUE DA SILVA SANTOS 38. PATRICIA DOS SANTOS ALBERTO LIMA 39. PEDRO LUIS KURUNCZI 40. RAFAEL DA SILVA 41. RIENY MUNHOZ MARCULA 42. ROSANGELA DE MACEDO SOUZA 43. RUTI MACHADO DA SILVA 44. SANDRA NUNES DE AQUINO 45. SHEILA MANTOVANNI 46. STEFANUS ALEXSSANDRO FRANCA NOGUEIRA, 47. SULANI DA LUZ ANTUNES SANTOS 48. TEREZINHA DE FATIMA ISSA DA SILVA 49. VANDERSON ALVES NUNES 50. WILLIAM BONFIM NORTE 51. YRES GUIMARAES 52. ZILDA APARECIDA DIAS Empresas 53. ALVES TRANSPORTES LTDA 54. ASSOCIAÇÃO DIREITA CORNÉLIO PROCOPIO 55. GRAN BRASIL VIAGENS E TURISMO LTDA 56. PRIMAVERA TUR TRANSPORTE EIRELI 57. RV DA SILVA SERVIÇOS FLORESTAIS LTDA 58. SINDICATO RURAL DE CASTRO 59. SQUAD VIAGENS E TURISMO LTDA A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seape-DF) finalizou o cadastramento de todos os 1.398 presos nos atos golpistas do último domingo (8) e no acampamento em frente ao Comando do Exército, em Brasília (DF). Na última sexta-feira (14), às 18h, a Seape-DF divulgou que a relação estava finalizada. Desde terça-feira (10), o órgão atualizava diariamente o documento, adicionando dezenas de nomes de golpistas. ::Sindicato rural ligado a bolsonaristas é suspeito de financiar ataques a Brasília:: Ao todo, são 905 homens e 493 mulheres. Entre os golpistas, o preso mais jovem é Jamerson Cassimiro da Silva Alves, que tem 18 anos. O mais velho é William Neves Guimarães, de 74 anos. Em Brasília, a Seape-DF dividiu os presos golpistas. Os homens foram levados para o Centro de Detenção Provisória do Complexo da Papuda e as mulheres para a Penitenciária Feminina do DF, conhecida como Colmeia. ::Controladoria-geral do DF identifica servidores públicos que participaram de atos golpistas:: Além dos 1.398 presos, a Seape-DF informou que outros 599 golpistas foram liberados pela polícia, após serem fichados. Eram casos considerados de exceção: idoso, pessoas com problemas de saúde e mães acompanhadas de filhos menores de 12 anos. O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) organizou um mutirão, autorizado pelo ministro Alexandre de Moraes, para realizar as audiências de custódia. Segundo o órgão, o processo deve durar até o próximo domingo (15). Edição: José Eduardo Bernardes, Thalita Pires

domingo, 8 de janeiro de 2023

Esse é o rosto que eu quero ver nos 3 Poderes...

🎶...e sua flecha percorreu Guiada pelas mãos de Deus;
E o mal do mundo estremeceu, Guerreiro negro; Que olorun nos deu Quando o mar Quando o mar tem mais segredo;
Não é quando ele se agita Nem é quando é tempestade;
Nem é quando é ventania Quando o mar tem mais segredo É quando é calmaria...🎶
Roberto Mendes, Sueli Costa e Cacaso

São Paulo, Sábado 8/1/2023, 16h00m, 20 C° do segundo Domingo do ano, no entanto, boa tarde caro (a) leitor (a), quando conclui a graduação em Comunicação Social/Jornalismo, não imaginaria que teria tanto o que escrever, acreditava somente, que deveria escrever sobre os livros que li durante a infância e adolescência, todavia, se já se passaram 17 anos como Jornalista Profissional e até então, a cada dia, surgem várias informações públicas que é necessário publicar.
Não menos importante, aliás, talvez a maior importância do meu trabalho é sempre relatar os mais de 300 anos de ESCRAVIDÃO no Brasil, assunto este, que JAMAIS poderá ser esquecido, devemos, como cidadão (ã) civil, lembrar a todo tempo para que este passado com tanta covardia, sequestros, torturas, assassinatos, desumanidade não volte NUNCA MAIS!
foi ainda no colégio e principalmente nos cursinhos preparatórios para o vestibular que conheci Castro Alves, Luiz Gama, André Rebouças, José do Patrocínio, Estevão Roberto da Silva, Antônio Evaristo de Moraes , Machado de Assis, ...
Confesso, que todas as vezes que lia, relia, emocionado não queria acreditar no que estava lendo, imaginando que tudo não passava de história, Sobretudo, como fui crescendo, tornando adulto, a realidade mesmo tantos anos atrás, ainda continuava, através, da diferença que a sociedade brasileira reage com todos os traços, todos os jeitos que herdamos dos nossos ancestrais africanos (as).
Não é novidade que eu vivi minha juventude na geração 1990, aonde todo preconceito e racismo era escondido, vedado, vendado, para não falar da nossa diferença, chamávanos de exótico!
Com a chegada dos anos 2000, século XXl, através da nossa militância, da nossa árdua representação na sociedade, eis que o Brasil foi embranquecendo, mostrando através de brincadeiras, aliás, mostrando através do que a sociedade brasileira acha brincadeira, mostrando o mesmo racismo que, sequestrou, torturou, assassinou, enterrou vivo muitos dos (as) nossos (as) ancestrais africanos (as).
Foi neste período que minha vontade de estudar Jornalismo cresceu ainda mais, afinal, eu sempre tive na minha cabeça que meu trabalho seria escrever sobre os mais de 300 anos de ESCRAVIDÃO NO BRASIL 🇧🇷, que matou muita gente inocente!
E é o que faço e tenho o dever, a obrigação, como Jornalista, de escrever para que as próximas gerações conheça nosso passado de trabalho escravo, nosso passado de absurdos, passado gratuito e feio,  passado de violência, intolerância e incompreensão, como cantou o poeta, enfim, mas, foi no GOVERNO Bolsonaro que o racismo evidenciou, aí que vimos como é a realidade brasileira e tua desigualdade, tua má distribuição de renda.
Participando de um Congresso de Comunicação Social, na hora do almoço foi questionado que no Brasil, aliás, nas periferias e favela do Brasil existem brancos que também sofrem, no entanto, as estatísticas é maior e a porcentagem passa de 80% na desigualdade entre pretos e pardos, entre mulheres pretas e pardas.
As oportunidades para nós afro Brasileiros é menor, principalmente, quando a pele é mais retinta.
Desvalorização, baixo salários, menos cargos de liderança e diretoria, enfim, ...
Todos os diálogos que estou sempre ouço e falo desta evidente desigualdade no Brasil.
Em um diálogo com meu pai, eu disse: Pai, eu só vou, aliás, eu não, mas, uma das reparações, que minimizará a atrocidade dos mais de 300 anos de ESCRAVIDÃO no Brasil, será colocar nos cargos de Poder, homens e mulheres de pele retinta, para que possamos sempre lembrar para as novas gerações sobre o passado ESCRAVAGISTA do Brasil.
🇧🇷
Nunca foi tão grande, ver falsos patriotas vangloriando o verde e amarelo da bandeira da família Orleans e Bragança.
Uma vez me perguntaram, por quê eu leio tanto, estudo tanto, talvez, não devesse ficar quieto e respondido, que eu quase não erro socialmente, por causa, das instruções que tenho, quando leio e estudo. Tudo, desde votar, estudar, trabalhar, cumprir meus deveres, para tudo, eu pesquiso, estudo antes...
E a cada pesquisa e estudo, meus olhos lacrimeja, quando conheço uma forte personalidade retinta, como, os escritores que citei acima, entre Martin Luther King Jr., Angela Davis, Nelson Mandela, Hattie MC. Daniel, Whoopi Goldberg, Dona Summer, Witney Houston, entre várias personalidades mais recentes.
Aqui no Brasil, a representatividade ainda é pequena, de cada 10 cargos de liderança, apenas, três são para homens e mulheres retintos, portanto, ainda é pouco.
Este Novo Governo, o Presidente Lula criou e nos presenteou com Ministérios representativos e o melhor, com homens e mulheres afro-brasileiros (as). As Ministras Margareth Menezes ( Cultura), Anielle Franco (Igualdade Racial), Marina Silva (Meio Ambiente) representa todas as mulheres, sobretudo, as que mais precisam de entendimento das Políticas Públicas do Brasil, que são as mulheres pretas e pardas das periferias e favelas do Brasil.🇧🇷
Entre essas grandes mulheres, eis que ganhamos também um presente, tipo aqueles de Ouro Preto de Minas Gerais sabe? Tipo aquelas pérolas encontradas em São Tomé das Letras, pois bem, eis que nosso excelentíssimo Presidente ELEITO DEMOCRATICAMENTE Luis Inácio Lula da Silva nos deu, que foi o Ministro Silvio Almeida (Direitos Humanos).
 Silvio de Almeida, nasceu em São Paulo, no dia 17 de agosto, é um advogado, filósofo e professor universitário brasileiro, atual ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania do Brasil. Reconhecido como um dos grandes especialistas brasileiros acerca da questão racial, preside o Instituto Luiz Gama e é autor dos livros Racismo Estrutural (Polén, 2019), Sartre: Direito e Política (Boitempo, 2016) e O Direito no Jovem Lukács: 
A Filosofia do Direito em História e Consciência (Alfa-Ômega, 2006). Biografia e formação Almeida é filho do casal Verônica e Lourival.
O pai foi goleiro de futebol, tendo ficado conhecido como Barbosinha em sua carreira e por sua atuação no Sport Club Corinthians Paulista.
Formou-se em Direito pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (1995-1999) e em Filosofia pela Universidade de São Paulo (2004-2011). 
É mestre em Direito Político e Econômico pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e doutor em Filosofia e Teoria Geral do Direito pela Universidade de São Paulo.
Carreira Silvio Almeida é advogado desde 2000, tendo atuação destacada nas áreas do direito empresarial, do direito econômico e tributário e dos direitos humanos. De 2005 a 2019 foi professor de Filosofia do Direito e Introdução do Estudo do Direito na Universidade São Judas Tadeu.
Atualmente, ocupa o cargo de professor da graduação em Direito e da pós-graduação stricto sensu em Direito Político e Econômico na Universidade Presbiteriana Mackenzie; professor da Escola de Administração de Empresas e da Escola de Direito da Fundação Getúlio Vargas, ambas em São Paulo. No ano de 2020 foi professor visitante na Universidade Duke, nos Estados Unidos da América.
Em Duke, lecionou nos cursos “Raça e Direito na América Latina” e “Black Lives Matter: Brasil e Estados Unidos”, este último em parceria com o professor John D. French. Em 2022, foi selecionado como professor visitante da cadeira Edward Larocque Tinker da Universidade de Columbia na cidade de Nova Iorque, destinada a intelectuais de prestígio da América Latina. 

Esta mesma vaga foi ocupada em anos anteriores por intelectuais como o economista Raul Prebisch, o geógrafo Milton Santos, o jornalista Elio Gaspari, o jurista Roberto Gargarella e a historiadora Lília Schwarcz, dentre outros.
Em Columbia, ministrou o curso “Raça, Direito e Cultura na América Latina”. Em 22 de junho de 2020, foi entrevistado no Roda Viva, na TV Cultura.
A participação de Silvio Almeida no programa inspirou um "clube do livro" nas redes sociais. 

Atualmente é Presidente do Instituto Luiz Gama, organização de direitos humanos voltada à defesa jurídica da minorias e de causas populares. Atuou ativamente na formação da “Frente Pró-cotas” e foi um dos formuladores das políticas de ação afirmativa que vieram a ser implementaras no Estado de São Paulo. 

 Em 2021 foi o relator da Comissão de Juristas instituído pela Câmara dos Deputados para a apresentação de propostas legislativas para o com até ao racismo institucional. Em 2020 tornou-se colunista de política do jornal Folha de São Paulo, atuação que foi interrompida por conta de sua nomeação como um dos coordenadores da equipe de transição do Presidente eleito Lula. 

 Trabalho Em suas obras, trabalha com conceitos de autores como Sartre e György Lukács. 

Em seus textos, trata de questões como direito, política, filosofia, economia política e relações raciais. Foi responsável por popularizar o conceito de racismo estrutural (proposto desde os primeiros estudos raciais críticos ainda nos anos 1960), em que racismo que é concebido como decorrente da própria estrutura da sociedade. Em seu livro, que leva o mesmo nome do conceito que aborda, Almeida aplica essa noção às mais diversas áreas, como o direito, a ideologia, a economia e a política.

Ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania Em 22 de dezembro de 2022, foi anunciado como o Ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania do segundo governo Lula (que teve início em 2023, quando o presidente assumiu seu terceiro mandato).

Obras O Direito no Jovem Lukács: A Filosofia do Direito em História e Consciência de Classe. São Paulo: Alfa Ômega, 2006. Sartre - direito e política: ontologia, liberdade e revolução. São Paulo: Boitempo, 2016. Racismo Estrutural. São Paulo: Pólen Livros, 2019...✍🏼

A calça da Primeira Dama...✍🏼

...nada te valida como pessoa, a não ser a tua essência, nada, nada vai te validar. Eu conheço pessoas que se vestem com roupas, acessórios, jóias caríssimos (caríssimas) e são extremamente infeliz, existe na frase da Coco Channel:
...não é a aparência, é a essência.
Não é o dinheiro, é a educação. 
Não é a roupa, é a classe...✍🏼
Podemos analisar o que realmente nos valida como pessoa...

É com esta frase da Psicanalista Ana Beatriz que começo o texto de hoje homenageando todas as mulheres escrevendo sobre essa grande ser humano, criança, garota, adolescente, jovem, mulher, socióloga, servidora pública e agora Primeira Dama da República Federativa do Brasil 🇧🇷 Rosângela Lula da Silva, popularmente conhecida como Janja.
Com todo respeito e pedindo permissão a ela, neste texto a chamarei carinhosamente e respeitosamente de Janja.

SP - Sábado, 8/1/2023, 14h00m, 25C°, portanto boa tarde cara leitora, hoje homenageio você que muito me prestigia, no entanto, na pessoa incrível da Primeira Dama da República Federativa do Brasil Janja Inácio Lula da Silva, uma REFERÊNCIA de Garota, Mulher a todas da nova geração que vem.
No ano passado perdemos grandes mulheres, elas nos deixaram para brilhar e ensinar do outro lado, lá aonde não existe mais dores, boleto, preocupação, cobrança e acima de tudo julgamentos e BOLSONARISMO.
Gal, Elza, entre tantas, sobretudo, elas se vão, porém, ficam tuas súditas entre elas Janja, que muito foi criticada por aquelas e aqueles que são considerados (as) ninguém, que não merecem nosso afeto, mas, que merecem explicações para ver se aprendem!
A Primeira Dama Janja, foi questionada sobre tua roupa na POSSE PRESIDENCIAL, em que ela usou calça no lugar de saia.
Portanto, é adequado e ensinando dizer que até o ano de 1997, sim, 1997, as mulheres só podiam entrar no Palácio do Planalto, da Alvorada usando saias, pode parecer antigo, mas, só fazem 23 anos que nós do movimento feminista brasileiro, conseguimos a liberdade das mulheres usarem calça dentro dos 3 Poderes.
Por isto, devemos reverenciar e parabenizar a nossa Primeira Dama, por fazer a diferença e mostrar que não usar saia desvalorize as grandes mulheres do nosso Brasil.🇧🇷
Eu comecei este texto citando a revolucionária, estilista e empresária Coco Channel, que contribuiu muito para o desenvolvimento feminista mundial.
Na história mundial as mulheres só puderam usar calças em meados dos anos 1930, mas, foi nos anos 1970 que a calça passou a ser usada regularmente por mulheres independentes e que queriam liberdade de usá-la.
Afinal, como disse Channel: Não é a roupa, é a essência que nos valida como ser humano, como pessoas.
Enfim, continuo escrevendo sobre nossa Primeira Dama, Janja Lula da Silva, foi batizada como Rosângela da Silva, nasceu em 27 de agosto de 1966, em União da Vitória, no Paraná.
É filha do comerciante aposentado José Clóvis da Silva e da dona de casa Vani Terezinha "Têre" da Silva, sendo a mais nova de dois irmãos. Mudou-se para Curitiba ainda na infância. 
Filiou-se ao Partido dos Trabalhadores (PT) em 1983, quando tinha 17 anos.
Formação e carreira
Em 1990, ingressou no curso de Ciências Sociais na Universidade Federal do Paraná (UFPR) e especializou-se em História na mesma instituição. Além disso, Rosângela possui MBA em Gestão Social e Sustentabilidade.

Entre 1995 e 1996, Rosângela atuou como docente colaboradora do Departamento de Serviço Social da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG).

Rosângela também trabalhou como parte da liderança do PT na Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP).

No dia 1.º de janeiro de 2005, aos 38 anos, Rosângela ingressou na Itaipu Binacional. Na época, não havia concurso público para o seu cargo administrativo, de maneira que ela foi selecionada por meio de análise de currículo e entrevista.

Na hidrelétrica, atuou como assistente do diretor-geral e coordenadora de programas voltados ao desenvolvimento sustentável. Entre 2012 e 2016, ela atuou como assessora de comunicação e relações institucionais da Eletrobrás, no Rio de Janeiro. Em 2016, voltou à Itaipu. Em 1.º de janeiro de 2020, deixou oficialmente a hidrelétrica.

sábado, 7 de janeiro de 2023

NA MIRA DO MITO: LIVRO ANALISA ATAQUES DE BOLSONARO A JORNALISTAS MULHERES Ex-discente de Jornalismo investiga histórico da relação do presidente com a imprensa e entrevista quatro profissionais agredidas

Em seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), Júlia Vieira de Camargo decidiu estudar os ataques do atual ocupante do Palácio do Planalto a profissionais da imprensa mulheres. Sob orientação da professora Elizabeth Saad, do Departamento de Jornalismo e Editoração (CJE), a pesquisa resultou no livro-reportagem Na Mira do Mito, finalizado em junho de 2021. Para entender a histórica preferência do presidente por agredir jornalistas mulheres, a autora reuniu episódios que remontam ao início da carreira do político. Além disso, conversou com quatro profissionais vitimadas por ele nos últimos anos: Thaís Oyama, Patrícia Campos Mello, Vera Magalhães e Victoria Abel. Capa do livro, que tem como base uma montagem digital sobre uma fotografia. Ao fundo, está uma foto da mão de Bolsonaro, com os dedos polegar e indicador esticados, formando a silhueta de uma arma. O rosto dele aparece cortado, mostrando apenas nariz e boca. Outro homem está atrás dele. A foto está coberta por um filtro roxo. O nome da autora, o título do livro e o texto “Jornalistas mulheres como alvos preferenciais do presidente Bolsonaro” estão em letras pretas sobre retângulos brancos. Júlia escolheu usar o roxo no design da capa por essa ser considerada a cor do feminismo. Montagem de Henrique Artuni com foto de Marcelo Camargo/Agência Brasil “Me senti honrada por ter a chance de entrevistar mulheres que eu realmente admiro e, mais do que isso, honrada por elas terem aceito compartilhar momentos tão delicados comigo", relata a ex-aluna. Com esse conteúdo em mãos, sua ideia principal foi dar voz e rosto às vítimas, explanando as consequências dos ataques do chefe do Executivo e de seus apoiadores à imprensa. Segundo o TCC, o presidente aproveita a repercussão das falas polêmicas para contaminar a opinião pública e criar cortinas de fumaça sobre suas ações, evitando a prestação de contas para a sociedade. Assim, além de comentar os casos de violência contra jornalistas, o livro ainda detalha as denúncias que Bolsonaro e seus aliados tentaram sufocar com as agressões. Ainda que o mandatário mire suas ofensas na imprensa como um todo, aquelas direcionadas às profissionais mulheres são marcadas pelo machismo e pela misoginia, e tendem a ser mais virulentas. “O chefe do Executivo vai desde ataques de gênero, morais e à reputação das jornalistas mulheres até acusações de viés político e de má conduta profissional. Em muitos casos, Bolsonaro parte para a estratégia de usar traços estereotipados como insultos ou de questionar a capacidade intelectual das repórteres”, afirma Júlia. “A preferência por atacar mulheres está visceralmente associada a preconceitos ancestrais. Parte de apoiadores de líderes populistas gosta de poder se libertar do politicamente correto e se deleita com essa ‘licença’ para dar vazão a um machismo incrustado, que muitas vezes acomete também as mulheres — é uma espécie de catarse.” Patrícia Campos Mello, jornalista, no livro Na Mira do Mito Foto de três mãos segurando canetas. As três mãos são brancas e apontam as canetas para cima. As canetas são de plástico vermelho, azul e laranja. Ao fundo, aparecem desfocados um cartaz, árvores e uma placa de trânsito. Foto tirada em protesto pela liberdade de imprensa na Croácia. Foto: Branko Radovanović/Wikimedia Commons Contudo, Júlia destaca que, mesmo com tantas investidas contra sua reputação e saúde mental, as repórteres não se autocensuraram por medo de novas ocorrências. Por entenderem o jornalismo como um dos pilares da democracia, “parar de reportar nunca foi uma opção.” Nesse sentido, o compromisso dessas mulheres com a responsabilidade jornalística é fundamental, uma vez que 58% das pessoas que exercem a profissão no Brasil se identificam com o gênero feminino, segundo dados de 2021 da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Ele Foto de uma página de revista impressa. O nome da seção, Ponto de Vista, está no topo em letras pretas. Abaixo dele, estão o título do texto, “O salário está baixo”, e o nome do autor dele, “Capitão Jair Messias Bolsonaro”. Abaixo, centralizada, está uma foto do atual presidente. Ele é branco e usa farda do Exército. O fundo da página é azul claro . O texto está em letras pretas pequenas. O texto foi publicado na seção Ponto de Vista da Revista Veja em setembro de 1986, quando Bolsonaro tinha 31 anos. Imagem: Reprodução/Na Mira do Mito As páginas iniciais do livro são dedicadas à história da relação de Bolsonaro com a imprensa. Foi em 1986 que o nome do então militar apareceu em uma revista pela primeira vez, devido a uma reivindicação por aumento de salários. “Como uma ironia do destino, o jornalismo, categoria que mais para frente seria coroada como ‘inimiga número 1’ do capitão, foi a responsável por conceder os 15 minutos de fama que alçaram Bolsonaro, 32 anos depois, ao cargo de autoridade máxima do país”, comenta a autora. De 1991 a 2018, diante de uma carreira política sem grandes conquistas - dentre seus 171 projetos de lei apresentados na Câmara dos Deputados ao longo de 27 anos, apenas dois foram aprovados -, Jair via nas falas polêmicas uma maneira de ocupar as manchetes da mídia e atrair eleitores que se identificassem com suas posições. Segundo o TCC, conforme a responsabilidade atribuída a Bolsonaro aumentou - e consequentemente a cobrança sobre suas ações -, cresceram também o número e a violência dos ataques, de maneira a criar novos focos de atenção nos noticiários. “Com a eleição de Jair Bolsonaro à Presidência da República, a quantidade de agressões teve um acréscimo de 54,07% em um ano, passando de 135 em 2018 para 208 em 2019. Desse total, Bolsonaro foi, sozinho, responsável por 121 dos ataques a veículos de comunicação e a jornalistas (58,17%).” Júlia Vieira de Camargo, jornalista Imagem de um tweet de Bolsonaro publicado em 12 de setembro de 2019. O texto diz “- Enquanto lutamos entre nós o inimigo se fortalece. - Não temos como agradar a todos, vasculham minha vida e de minha família desde 1988, quando me elegi vereador. - Nossa inimiga: parte da GRANDE IMPRENSA. Ela não nos deixará em paz. Se acreditarmos nela será o fim de todos.” Em seu Twitter, Bolsonaro descredibiliza o trabalho da imprensa. Imagem: Reprodução/Twitter Por assistir às investidas inúmeras vezes, a sociedade já se familiarizou com o comportamento do mandatário. De acordo com o livro, suas atitudes já foram normalizadas, e não causam mais a devida perplexidade. Pelo contrário, a conduta do presidente tem possibilitado que diversos sujeitos se sintam à vontade para reproduzir os ataques. Nas redes sociais, grupos bolsonaristas não hesitam em se juntar a ele nas ofensivas contra as vítimas - entre elas, as jornalistas com quem Júlia conversou. Conheça brevemente as histórias relatadas por essas profissionais. Thaís Foto de uma mulher com traços asiáticos. Ela tem cabelos lisos e escuros, pele clara e veste uma camisa branca. Ela está de braços cruzados e olha para a câmera. Ao fundo, desfocados, estão computadores e pessoas trabalhando. Foto: Reprodução/Youtube Após o resultado das eleições de 2018, Thaís Oyama, então repórter da Veja, pediu demissão para se dedicar à escrita de um livro, cujo tema seria o primeiro ano de gestão de Bolsonaro. Com a publicação da obra, “o presidente não gostou nada de ter suas crises, intrigas e segredos expostos e mirou sua artilharia na autora”, narra Júlia. Em meio a falas revoltosas que chamavam o livro de fake news e mentiroso, estavam também comentários preconceituosos e xenofóbicos de Jair. A jornalista, por ter acompanhado o comportamento dele ao longo de um ano, já conseguia imaginar qual seria sua reação e, por isso, “não esperava nenhum tipo de atitude mais civilizada do que essa que ele teve.” Apesar de ter ficado chateada por saber que japoneses e descendentes sentiram sua identidade atacada, Thaís afirma não ter sido atingida pessoalmente. Pelo contrário, sua reação foi bem mais pragmática. Ao descobrir que o Jornal Nacional exibiria uma matéria sobre a má receptividade de Bolsonaro ao livro, a autora viu a repercussão como algo benéfico, e apelidou o presidente de "garoto-propaganda" da obra. Patrícia Foto de uma mulher branca. Ela tem cabelos lisos escuros com mechas loiras e seus olhos são escuros. A mulher veste roupas pretas, usa brincos e colares. Ela está apoiada em uma parede clara com ladrilhos amarelos e olha para a câmera. Foto: Reprodução/Youtube Júlia afirma que, ao longo de quase 30 anos de carreira, Patrícia Campos Mello “passou por inúmeras áreas de conflito, mas foi no Brasil que vivenciou a pior guerra”. Em 2018, reportagens de sua autoria expuseram o financiamento, por empresas privadas, de esquemas de disseminação em massa de conteúdos nas redes sociais - algo proibido pela Lei Eleitoral, o que incentivou a instauração de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar este e outros casos. Durante o processo judicial, Patrícia foi acusada por uma testemunha de oferecer sexo em troca de informações. O posicionamento de Bolsonaro foi provocar: “Ela queria um furo. Ela queria dar um furo a qualquer preço contra mim”. Para a jornalista, foi um soco no estômago. Mas os golpes não acabaram por aí. “Foi um assassinato de reputação. Um assédio online brutal. O próprio presidente, os seus filhos e vários aliados deles puxavam isso. Tinha uma coisa muito sexual”, relembra a repórter. Vera Foto de uma mulher branca sentada sorrindo. Ela tem cabelos lisos, curtos e escuros. Sua roupas são rosa claro e cinza. Nas suas mãos, que estão apoiadas no colo, ela usa alguns anéis. A poltrona em que está sentada é cinza. O fundo é abstrato, nas cores marrom e branco. Foto: Reprodução/Instagram Após um breve início de carreira na editoria de variedades, Vera Magalhães migrou para o jornalismo político e nunca mais saiu. Por ser uma veterana no assunto, a repórter já estava acostumada a ser considerada “inimiga” de governos vigentes, mas nada comparado à gestão bolsonarista. “Tinha [ataques], mas nunca dessa forma tão sistemática, nunca partindo do próprio presidente ou dos seus aliados mais próximos, [...] essa coisa tão institucionalizada”, relatou Vera. Para a jornalista, Bolsonaro escolhe mulheres por acreditar que elas são mais sensíveis e que, por isso, se dobrarão mais facilmente. Mas ela mesma provou o contrário em rede nacional. Em 2020, após ser alvo de ofensas em uma das lives semanais de Jair, ela chegou a vomitar. “[Mas] eu me recuperei de alguma maneira e, na mesma noite, fui ao Jornal da Cultura, uma das empresas para as quais eu trabalho e que me deu espaço para responder. E eu respondi também nominalmente a ele. Não me dobrei a esse tipo de pressão”, conta. Victoria Foto de uma mulher sentada segurando uma caneta. Ela é branca, tem cabelos lisos e escuros e olhos também escuros. A mulher veste uma blusa clara e um blazer preto. Ela apoia suas mãos em uma bancada, onde também estão outros objetos, como um celular e uma placa com seu nome e empresa: Victoria Abel CBN. Ela sorri levemente e não olha diretamente para a câmera. Foto: Reprodução/Twitter Durante a pandemia, Victoria Abel questionou o presidente sobre o suposto caso de corrupção na compra de vacinas pelo Ministério da Saúde. Farto de ser indagado sobre o assunto, ele ordenou que a repórter parasse de fazer perguntas e voltasse para a faculdade e para o ensino primário. Algum tempo depois, o mandatário tornou a se dirigir a Victoria, dizendo “nasça de novo você! Ridículo, ridículo! Está empregada onde? Pelo amor de Deus”. A jornalista conta que não percebeu de imediato a agressão verbal sofrida, não viu nada de mais e nem levou para o lado pessoal. Para ela, “era só o Bolsonaro sendo o Bolsonaro”. Foi apenas conversando com outros profissionais da imprensa que Victoria teve consciência da gravidade da situação. Vera Magalhães foi uma das que aconselhou a repórter, alertando sobre a importância de não normalizar esse comportamento e apontando que o insulto veio por ela ser uma mulher. E todas as outras Nas últimas semanas, novos ataques foram direcionados a repórteres. “Eu já imaginava, principalmente com a proximidade das eleições, que as investidas do presidente voltariam a ser recorrentes, já que é durante a campanha o período em que um político é mais confrontado”, diz Júlia. Mas esses não são, de maneira alguma, episódios isolados. Ela cita no TCC uma dezena de outras mulheres que foram alvo do presidente, e é para elas que o livro-reportagem é dedicado. Foram diversas jornalistas que tiveram sua vida particular e profissional desestabilizadas pelo político. Foram pessoas que precisaram enfrentar, além das agressões verbais, exposições de dados pessoais na internet, ameaças a familiares, ações sistemáticas de difamação e, para aquelas que decidiram denunciar os crimes, custos e desgastes gerados por processos judiciais. Foto de Bolsonaro, um homem branco vestido de terno, que aponta o dedo e olha na direção de Maria. Ela é branca, tem cabelos claros, usa óculos e veste uma roupa cinza. A mulher está de olhos fechados, e seu rosto demonstra impaciência. Ao fundo, dois homens e uma mulher tentam intervir. A imagem utilizada na capa do livro é um recorte da foto de Bolsonaro discutindo com a deputada federal Maria do Rosário, vítima dele em mais de uma ocasião. O momento foi registrado em uma reunião da Comissão Geral no Plenário da Câmara dos Deputados, quando se discutia a violência contra a mulher. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil Embora essas ocorrências sejam frequentemente veiculadas, Júlia salienta que a mídia não reforça suficientemente o caráter machista e misógino dos ataques . Um artigo citado no TCC aponta, entre outros questionamentos, que esse tipo de intolerância não é trazido à tona nas matérias. Segundo as autoras, muito se destaca que as profissionais foram agredidas pela condição de jornalista, descartando a condição feminina. Outra angústia das jornalistas é que esses episódios provavelmente não cessarão ao fim do mandato presidencial. Para Thaís, “ele faz uma campanha difamatória sistemática. Isso vai ficar por um bom tempo. O governo Bolsonaro passará, mas as sequelas desse movimento não. Vamos ter muito trabalho para reconstituir a reputação da imprensa constitucional.” Diante desse cenário, apesar de perceber o jornalismo político como uma área de atuação muito sensível e potencialmente perigosa, a ex-discente enfatiza a urgência de falar sobre os casos. “Você acaba mexendo com as paixões das pessoas; a política se tornou algo passional no Brasil. [...] [Mas] eu nunca pensei em desistir do tema, pelo contrário. A intensificação da frequência e do nível de ataque só me deu mais combustível e mostrou a necessidade de falar sobre o que estava acontecendo.” Julia Vieira de Camargo, jornalista Imagem de capa: Foto de deputadas protestando contra os ataques de Bolsonaro à jornalista Patrícia Campos Mello. Na ocasião, elas também divulgaram uma nota de repúdio condenando o comportamento do presidente. Foto: Gustavo Bezerra Por: Mariana Zancanelli 04 Outubro 2022

quinta-feira, 5 de janeiro de 2023

Bom dia, qual livro está na sua cabeceira em 2023?

Depois de acessar dados oficiais da China, a OMS afirmou que o regime de Xi Jinping deixou de mostrar o impacto real da COVID, especialmente em relação ao número de mortes. Embora o governo tenha divulgado apenas 5.228 óbitos desde o início da pandemia, estima-se que 9 mil pessoas estão morrendo todos os dias na China em decorrência do vírus. 📲 Cuidado com o celular. Por incrível que pareça, o uso não autorizado de telefones celulares foi o responsável pelo bombardeio ucraniano que matou 89 militares russos no final de semana. Segundo as autoridades, os sinais telefônicos permitiram às forças de Kiev determinar a localização dos militares antes de lançar o ataque. 🏡 Sem investimento imobiliário. No Canadá, estrangeiros estão proibidos de comprar casas como investimento por dois anos. A medida mira estabilizar os preços no mercado imobiliário — que aumentou 48% desde 2013. Nas palavras do primeiro-ministro, “casas são para pessoas, não para investidores”. 💰 Você toparia? Pensando em afastar as pessoas da maior cidade do mundo e aumentar a população no interior do país, o Japão está oferecendo às famílias US$ 7.500 por criança para se mudarem da área de Tóquio. Os incentivos valem para menores de 18 anos, ou dependentes maiores que ainda estejam no ensino médio.