E o mal do mundo estremeceu,
Guerreiro negro;
Que olorun nos deu
Quando o mar
Quando o mar tem mais segredo;
Não é quando ele se agita
Nem é quando é tempestade;
Nem é quando é ventania
Quando o mar tem mais segredo
É quando é calmaria...🎶
Roberto Mendes, Sueli Costa e Cacaso
São Paulo, Sábado 8/1/2023, 16h00m, 20 C° do segundo Domingo do ano, no entanto, boa tarde caro (a) leitor (a), quando conclui a graduação em Comunicação Social/Jornalismo, não imaginaria que teria tanto o que escrever, acreditava somente, que deveria escrever sobre os livros que li durante a infância e adolescência, todavia, se já se passaram 17 anos como Jornalista Profissional e até então, a cada dia, surgem várias informações públicas que é necessário publicar.
Não menos importante, aliás, talvez a maior importância do meu trabalho é sempre relatar os mais de 300 anos de ESCRAVIDÃO no Brasil, assunto este, que JAMAIS poderá ser esquecido, devemos, como cidadão (ã) civil, lembrar a todo tempo para que este passado com tanta covardia, sequestros, torturas, assassinatos, desumanidade não volte NUNCA MAIS!
foi ainda no colégio e principalmente nos cursinhos preparatórios para o vestibular que conheci Castro Alves, Luiz Gama, André Rebouças, José do Patrocínio, Estevão Roberto da Silva, Antônio Evaristo de Moraes , Machado de Assis, ...
Confesso, que todas as vezes que lia, relia, emocionado não queria acreditar no que estava lendo, imaginando que tudo não passava de história, Sobretudo, como fui crescendo, tornando adulto, a realidade mesmo tantos anos atrás, ainda continuava, através, da diferença que a sociedade brasileira reage com todos os traços, todos os jeitos que herdamos dos nossos ancestrais africanos (as).
Não é novidade que eu vivi minha juventude na geração 1990, aonde todo preconceito e racismo era escondido, vedado, vendado, para não falar da nossa diferença, chamávanos de exótico!
Com a chegada dos anos 2000, século XXl, através da nossa militância, da nossa árdua representação na sociedade, eis que o Brasil foi embranquecendo, mostrando através de brincadeiras, aliás, mostrando através do que a sociedade brasileira acha brincadeira, mostrando o mesmo racismo que, sequestrou, torturou, assassinou, enterrou vivo muitos dos (as) nossos (as) ancestrais africanos (as).
Foi neste período que minha vontade de estudar Jornalismo cresceu ainda mais, afinal, eu sempre tive na minha cabeça que meu trabalho seria escrever sobre os mais de 300 anos de ESCRAVIDÃO NO BRASIL 🇧🇷, que matou muita gente inocente!
E é o que faço e tenho o dever, a obrigação, como Jornalista, de escrever para que as próximas gerações conheça nosso passado de trabalho escravo, nosso passado de absurdos, passado gratuito e feio, passado de violência, intolerância e incompreensão, como cantou o poeta, enfim, mas, foi no GOVERNO Bolsonaro que o racismo evidenciou, aí que vimos como é a realidade brasileira e tua desigualdade, tua má distribuição de renda.
Participando de um Congresso de Comunicação Social, na hora do almoço foi questionado que no Brasil, aliás, nas periferias e favela do Brasil existem brancos que também sofrem, no entanto, as estatísticas é maior e a porcentagem passa de 80% na desigualdade entre pretos e pardos, entre mulheres pretas e pardas.
As oportunidades para nós afro Brasileiros é menor, principalmente, quando a pele é mais retinta.
Desvalorização, baixo salários, menos cargos de liderança e diretoria, enfim, ...
Todos os diálogos que estou sempre ouço e falo desta evidente desigualdade no Brasil.
Em um diálogo com meu pai, eu disse: Pai, eu só vou, aliás, eu não, mas, uma das reparações, que minimizará a atrocidade dos mais de 300 anos de ESCRAVIDÃO no Brasil, será colocar nos cargos de Poder, homens e mulheres de pele retinta, para que possamos sempre lembrar para as novas gerações sobre o passado ESCRAVAGISTA do Brasil.
🇧🇷
Nunca foi tão grande, ver falsos patriotas vangloriando o verde e amarelo da bandeira da família Orleans e Bragança.
Uma vez me perguntaram, por quê eu leio tanto, estudo tanto, talvez, não devesse ficar quieto e respondido, que eu quase não erro socialmente, por causa, das instruções que tenho, quando leio e estudo. Tudo, desde votar, estudar, trabalhar, cumprir meus deveres, para tudo, eu pesquiso, estudo antes...
E a cada pesquisa e estudo, meus olhos lacrimeja, quando conheço uma forte personalidade retinta, como, os escritores que citei acima, entre Martin Luther King Jr., Angela Davis, Nelson Mandela, Hattie MC. Daniel, Whoopi Goldberg, Dona Summer, Witney Houston, entre várias personalidades mais recentes.
Aqui no Brasil, a representatividade ainda é pequena, de cada 10 cargos de liderança, apenas, três são para homens e mulheres retintos, portanto, ainda é pouco.
Este Novo Governo, o Presidente Lula criou e nos presenteou com Ministérios representativos e o melhor, com homens e mulheres afro-brasileiros (as). As Ministras Margareth Menezes ( Cultura), Anielle Franco (Igualdade Racial), Marina Silva (Meio Ambiente) representa todas as mulheres, sobretudo, as que mais precisam de entendimento das Políticas Públicas do Brasil, que são as mulheres pretas e pardas das periferias e favelas do Brasil.🇧🇷
Entre essas grandes mulheres, eis que ganhamos também um presente, tipo aqueles de Ouro Preto de Minas Gerais sabe? Tipo aquelas pérolas encontradas em São Tomé das Letras, pois bem, eis que nosso excelentíssimo Presidente ELEITO DEMOCRATICAMENTE Luis Inácio Lula da Silva nos deu, que foi o Ministro Silvio Almeida (Direitos Humanos).
Silvio de Almeida, nasceu em São Paulo, no dia 17 de agosto, é um advogado, filósofo e professor universitário brasileiro, atual ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania do Brasil. Reconhecido como um dos grandes especialistas brasileiros acerca da questão racial, preside o Instituto Luiz Gama e é autor dos livros Racismo Estrutural (Polén, 2019), Sartre: Direito e Política (Boitempo, 2016) e O Direito no Jovem Lukács:
A Filosofia do Direito em História e Consciência (Alfa-Ômega, 2006).
Biografia e formação
Almeida é filho do casal Verônica e Lourival.
O pai foi goleiro de futebol, tendo ficado conhecido como Barbosinha em sua carreira e por sua atuação no Sport Club Corinthians Paulista.
Formou-se em Direito pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (1995-1999) e em Filosofia pela Universidade de São Paulo (2004-2011).
É mestre em Direito Político e Econômico pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e doutor em Filosofia e Teoria Geral do Direito pela Universidade de São Paulo.
Carreira
Silvio Almeida é advogado desde 2000, tendo atuação destacada nas áreas do direito empresarial, do direito econômico e tributário e dos direitos humanos.
De 2005 a 2019 foi professor de Filosofia do Direito e Introdução do Estudo do Direito na Universidade São Judas Tadeu.
Atualmente, ocupa o cargo de professor da graduação em Direito e da pós-graduação stricto sensu em Direito Político e Econômico na Universidade Presbiteriana Mackenzie; professor da Escola de Administração de Empresas e da Escola de Direito da Fundação Getúlio Vargas, ambas em São Paulo.
No ano de 2020 foi professor visitante na Universidade Duke, nos Estados Unidos da América.
Em Duke, lecionou nos cursos “Raça e Direito na América Latina” e “Black Lives Matter: Brasil e Estados Unidos”, este último em parceria com o professor John D. French.
Em 2022, foi selecionado como professor visitante da cadeira Edward Larocque Tinker da Universidade de Columbia na cidade de Nova Iorque, destinada a intelectuais de prestígio da América Latina.
Esta mesma vaga foi ocupada em anos anteriores por intelectuais como o economista Raul Prebisch, o geógrafo Milton Santos, o jornalista Elio Gaspari, o jurista Roberto Gargarella e a historiadora Lília Schwarcz, dentre outros.
Em Columbia, ministrou o curso “Raça, Direito e Cultura na América Latina”.
Em 22 de junho de 2020, foi entrevistado no Roda Viva, na TV Cultura.
A participação de Silvio Almeida no programa inspirou um "clube do livro" nas redes sociais.
Atualmente é Presidente do Instituto Luiz Gama, organização de direitos humanos voltada à defesa jurídica da minorias e de causas populares. Atuou ativamente na formação da “Frente Pró-cotas” e foi um dos formuladores das políticas de ação afirmativa que vieram a ser implementaras no Estado de São Paulo.
Em 2021 foi o relator da Comissão de Juristas instituído pela Câmara dos Deputados para a apresentação de propostas legislativas para o com até ao racismo institucional.
Em 2020 tornou-se colunista de política do jornal Folha de São Paulo, atuação que foi interrompida por conta de sua nomeação como um dos coordenadores da equipe de transição do Presidente eleito Lula.
Trabalho
Em suas obras, trabalha com conceitos de autores como Sartre e György Lukács.
Em seus textos, trata de questões como direito, política, filosofia, economia política e relações raciais. Foi responsável por popularizar o conceito de racismo estrutural (proposto desde os primeiros estudos raciais críticos ainda nos anos 1960), em que racismo que é concebido como decorrente da própria estrutura da sociedade. Em seu livro, que leva o mesmo nome do conceito que aborda, Almeida aplica essa noção às mais diversas áreas, como o direito, a ideologia, a economia e a política.
Ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania
Em 22 de dezembro de 2022, foi anunciado como o Ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania do segundo governo Lula (que teve início em 2023, quando o presidente assumiu seu terceiro mandato).
Obras
O Direito no Jovem Lukács: A Filosofia do Direito em História e Consciência de Classe. São Paulo: Alfa Ômega, 2006.
Sartre - direito e política: ontologia, liberdade e revolução. São Paulo: Boitempo, 2016.
Racismo Estrutural. São Paulo: Pólen Livros, 2019...✍🏼
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