Acordei hoje
com tal nostalgia,
nostalgia de ser feliz.
Eu nunca fui livre na minha vida inteira.
Por dentro eu sempre me persegui.
Eu me tornei intolerável para mim mesmo.
Vivo numa dualidade dilacerante.
Eu tenho uma aparente liberdade mas estou preso dentro de mim.
Eu queria uma liberdade olímpica.
Mas essa liberdade só é concedida aos seres imateriais.
Enquanto eu tiver corpo ele me submeterá às suas exigências.
Vejo a liberdade como uma forma de beleza e essa beleza me falta”.
#ClariceLispector
Nenhum comentário:
Postar um comentário