Policiais militares e comerciantes entraram em confronto, na madrugada desta terça-feira (25), nas proximidades da rua Oriente, região do Brás, onde funciona a Feira da Madrugada, na região central de São Paulo. A PM relatou que, desde o início da madrugada, os manifestantes ateiam fogo em carros, bancas de jornal e lixeiras. Segundo policiais, a cada ponto de conflito que é controlado, novos surgem.
Já de acordo com um integrante do sindicato dos camelôs, a Polícia Militar chegou ao local utilizando de violência contra os trabalhadores. Até as 6h25, a polícia não tinha informações sobre o número de presos ou detidos.
A Polícia Militar diz acreditar que o vandalismo seja uma retaliação à operação iniciada às 21h desta segunda-feira (24) para combater o comércio irregular na região. A operação tem dois turnos (21h - 9h / 6h - 18h), cada um deles conta com 264 policiais.
Fechamento
Em agosto deste ano, a feirinha ficou fechada por cerca de 20 dias para operações de combate à pirataria. A ação, coordenada pela Secretaria Municipal de Segurança Urbana, foi desencadeada no dia 5 de agosto. Segundo o órgão, em 3.200 das de 3.972 lojas foram constatados algum tipo de irregularidade.
Durante a fiscalização, foi identificada a presença de produtos falsos em 1.060 estabelecimentos, que foram proibidos de voltar a funcionar. Foram apreendidos também cerca de R$ 5 milhões em mercadorias. O secretário de Segurança Urbana e coordenador do gabinete de Segurança, Edson Ortega, afirmou que essas lojas também tinham estrangeiros em situação ilegal no país.
Durante o período em que o centro ficou fechado, foram registrados diversos protestos por parte dos comerciantes, que diversas vezes fecharam ruas com passeatas pacíficas. Eles alegavam que não havia necessidade de fechar a feira para fazer o combate à pirataria.
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