sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Amuleto

Era quase 11 horas da noite quando saí do colégio Integração.
Corri porquê sentia que iria te encontrar lá!

Triste ir até lá e não ver mais o colégio!
Mas, ao entrar na padaria Real , teu cheiro me transporta à época!

No entanto o fórum velho continua lá!

Recordo que aquele dia não foi bom pra mim.
Briguei com meu pai pra variar e pedi demissão do trabalho!

Sobretudo,  quando deixei o colégio ates da hora,  corria ao Fórum velho porquê sabia que te encontraria lá.
Pra mim era como correr atrás do meu consolo,  amigo.
Acho que me enganei.
Estava a todo momento,  no caminho do colégio até o fórum,  mexendo no cordão de ouro que estava em meu pescoço.
Ganhei com amor e com amor queria te dar!

Era um amuleto protetor,  sobretudo,  corria e não parava de girar o talismã no cordão pendurado no pescoço. Quando cheguei lembro que pus as mãos nos joelhos e respeitei fundo e abaixei a cabeça.  Tontura me fez sentar um pouco, ates de lhe procurar.
Você também sabia que estaria ali.

Não demorou muito, me levantei e ao dobrar a banca de jornal da esquina lá estava você sentado.
Cumprimentei você e falamos um pouco.
Lembro que cantei a canção Tá combinado do Caetano Veloso.
Você riu e entre choro de lágrimas e risos agora,  lembro que deveria ter aproveitado mais seu sorriso,  mas, meus 5 minutos me fez inverter tudo e brigar.
Sai correndo,  e no caminho voltei em si.
Fui até você e lhe pedi perdão,  você sentado no mesmo lugar me sorriu e eu lhe obrigando a dizer algo em vão sendo que dentro de mim e de você eu já sabia a resposta.

Tirei meu amuleto e fui por em seu pescoço e você se recusou, como é de mim , insisti e você duro relutou, não quis e me fez ficar nervoso novamente.

Fui embora,  e no caminho resolvi voltar e você já não estava mas lá.
A todos que via dizia seu nome , se te conhecia ou tinham visto para onde você tinha ido.

Um me apontou sentido a santa clara,  andei aquele quarteirão como um pai desesperado atrás do filho!

Bom,  só não fiquei com esta culpa por muito , foi ai que percebi que não era seu pai!

Mesmo assim,  aquela noite já teria me válido a pena se estivesse ido pra casa com seu sorriso no pensamento e no meu mundo particular!

Mas, foi isto que fiz!
Embarquei no ônibus parque central e dois pontos após resolvi descer e ir a pé , pra pensar um pouco.

Quando ao descer e passar em baixo do viaduto,  um ser alto e magro,  era você!

Sabe por quê o Venezianão me é de ponto de referência?
Você sabe né?  Acredito que saiba!

Sobretudo,  naquela noite o tempo foi passando devagar e a cada passo lento nosso e a cada parada na rua para um beijo roubado ou escondido nos fazia perceber que aquele era nosso mundo,  no entanto,  não poderia jamais ser dito à terceiros.
Lembra que achávamos que ninguém sabia?  Achávamos que éramos os únicos no universo.

Teria sido assim,  até eu olhar pra trás no Venezianão pela terceira vez e você não estar mais lá!

Queria correr atrás de você novamente,  mas,  não pude.  Meu ego era maior!
Mas na despedida morri ali.

Sem saber que nunca mais te veria de novo fui embora com o coração triste e cheio de dor, afinal,  estaria voltando pra casa,  enfrentar aquele velho chato do meu pai.
Um pastor medíocre que não entenderia jamais se contasse a ele o que aconteceu!

Entretanto,  se passou,  e fica aqui no meu mundo particular ainda seu sorriso e a leveza e verdade que me dava! Sua companhia pra mim sempre foi agradável e seu cheiro único!
Seu olhar , há seu olhar sem igual!
Por isto insisto em que use óculos de sol!
...
Deixa eu ir porquê tenho que escrever um artigo sobre o Abraço!

Pra terminar, estou ouvindo poema!
Daqui um pouco ouço tá combinado e penso mas em você,  no entanto,  é só o que faço depois de ter conhecido você!

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