quarta-feira, 29 de junho de 2011

Deputado Jean Wyllys, fala sobre a PEC 23/2007, em entrevista à Marília Gabriela.

O programa “Marília Gabriela Entrevista” do domingo, 15/05, trouxe o deputado federal Jean Wyllys, que discute a aprovação por unanimidade da união homoafetiva pelo Supremo Tribunal Federal.  “Eu achava que seria aprovado, mas não por unanimidade. Fiquei surpreso”, diz Jean. O deputado federal foi eleito nas últimas eleições e desde então tem proposto uma série de medidas para dar direitos aos homossexuais, sendo ele mesmo, assumido. Jean Wyllys já era conhecido do público desde 2005, quando venceu a quinta edição do reality show “Big Brother Brasil”.Ativista dos direitos humanos, Jean conversa sobre o Projeto Escola Sem Homofobia, apoiado pelo Ministério da Educação. O projeto vai distribuir um kit de material didático para as escolas públicas do país, visando acabar com os estereótipos e ensinando que a diversidade sexual deve ser tratada como uma coisa normal. Os kits serão distribuídos para jovens a partir de 14 anos. Jean explica que o bullying homofóbico hoje é causa de depressão e suicídio e que a ideia do projeto é “promover uma cultura de respeito ao outro

Por se assumir e criar ideias para minimizar cada vez mais o preconceito, o deputado tem recebido ameaças de morte. Mas já avisa que não vai se intimidar e vai continuar fazendo tudo que faz.
Jean concorda que a aprovação por unanimidade foi um grande passo, mas que os homossexuais ainda são privados de 78 direitos civis em comparação aos héteros. “A gente goza de uma parte dos direitos civis dos heterossexuais, mas não gozamos, por exemplo, da liberdade à vida e à felicidade, que parte da escolha de quem você quer ficar”, explica.
O passo foi grande, mas foi mais um em uma luta por direitos que ainda não acabou. Jean contesta o fato de casais homossexuais assumidos ainda não poderem adotar uma criança. Afirma querer casar e ter filhos. Acha importante a adoção, para sentir a experiência de ser pai de coração. Ele sabe que as ameaças ainda não vão cessar, mas Jean Wyllys também não vai deixar de lutar pela pluralidade das pessoas.


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