“Amai-vos uns aos outros": basta de homofobia! – 10 anos da Lei Estadual 10.948/01” é o tema da 15ª edição da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, que será no dia 26 de junho, na Avenida Paulista. A maior parada gay do mundo comemora os 10 anos da lei que criminaliza a homofobia no estado de São Paulo e questiona os religiosos fundamentalistas que lutam contra os direitos dos homossexuais no país.
Aconteceu em São Paulo, neste domingo (26/06), a 15ª Parada do Orgulho LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transexuais), que reuniu mais de 5 milhões de pessoas na capital paulista. O evento, marcado para começar em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp) às 12h, teve início apenas uma hora depois, às 13h, em função do atraso da entrevista coletiva dos líderes do movimento.
Para celebrar os 15 anos da festa, as 13h30 os participantes serão convidados a dançar uma valsa coletiva. Cada um devrá dançar o clássico “Danúbio Azul” com a pessoa que estiver ao lado. O objetivo dos organizadores é fazer o maior número possível de casais daçarem, para entrar no livro dos recordes.
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Tânia Sodré, com a fantasia Moulin Rouge, veio do MaranhãoA Parada Gay, que atrai público de todas as idades e gêneros, incluindo crianças e idosos, traz este ano o tema “Amai-vos uns aos outros: basta de homofobia!”.
Cerca de 1.500 policiais militares e 400 seguranças particulares farão a segurança do evento.
Interdições:
Entre 10h e 11h30 a avenida Paulista será interditada nos dois sentidos, no trecho entre a alameda Joaquim Eugênio de Lima e a rua Peixoto Gomide. As 11h30 será interditado o trecho entre a Peixoto Gomide e rua da Consolação.
A partir das 12h a Consolação vai parar nos dois sentidos, entre as avenidas Paulista e Ipiranga. A pista da esquerda, no sentido centro, será interditada também entre as avenidas Ipiranga e São Luís.
A rua Rego Freitas será interditada, entre a Consolação e a rua Major Sertório. A avenida Ipiranga para entre a Consolação e a avenida São Luís.
O objetivo dos organizadores é questionar a moral religiosa conservadora, que vem se reafirmando como uma das principais oposições ao avanço da cidadania e dos direitos humanos de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT) no Brasil e no mundo. O lema também celebra a primeira década da lei paulista anti-homofobia e destaca a necessidade de ampliação da conquista para o nível federal.
“A ideia é tocar no ponto das Igrejas de uma forma abrangente, universal. Ao dizermos “amai-vos uns aos outros” estamos protestando pela igualdade social entre todos os homens, com um apelo fraterno. Soma-se a isso a valorização e a prática dos direitos humanos”, explica Ideraldo Beltrame, presidente da Associação da Parada do Orgulho GLBT de São Paulo (APOGLBT), entidade responsável pela organização do evento.
Esta é a sexta vez consecutiva que o tema do Mês do Orgulho LGBT de São Paulo aborda o problema da homofobia. Desde que o Projeto de Lei da Câmara (PLC) 122/2006 foi apresentado pela então deputada federal Iara Bernardi (PT-SP), o movimento LGBT tem tratado a criminalização da homofobia no âmbito nacional como sua principal reivindicação.
O tema do 15º Mês do Orgulho LGBT de São Paulo também faz referência aos 10 anos da Lei Estadual 10.948/01 – de autoria do ex-deputado Renato Simões (PT) e sancionada pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) – que penaliza indivíduos, organizações e empresas públicas ou privadas que praticam a discriminação contra LGBT. A lei proíbe atos de violência, constrangimento e intimidação em razão da orientação sexual, incluindo a vedação de ingresso a locais abertos ao público, seleção e sobretaxa de atendimento em comércio e a inibição da livre expressão e manifestação de homoafetividade.
“Vamos destacar a importância da apropriação da lei por parte da população LGBT. O Legislativo paulista cumpriu a sua parte, mas depende da gente fazer valer nossos direitos”, diz Beltrame.
Para a escolha do tema, estiveram presentes membros da APOGLBT, representantes da Coordenadoria de Políticas para a Diversidade Sexual do Estado de São Paulo e do programa federal Brasil Sem Homofobia. A reunião ocorreu entre o período da manhã e tarde do último sábado (5), na sede da entidade, e foram consideradas todas as demandas atuais discutidas pelas diversas instâncias da militância LGBT.
O Mês do Orgulho LGBT de São Paulo é o calendário anual de atividades sócio-politico-culturais promovido pela APOGLBT a fim de defender a cidadania e direitos humanos da população LGBT, assim como educar a sociedade para o fim da discriminação e preconceito. Nos últimos anos, os temas abordados foram “Vote contra a homofobia : defenda a cidadania!” (2010), “Sem homofobia, mais cidadania – Pela isonomia de direitos! (2009), “Homofobia mata! Por um Estado Laico de fato!” (2008), “Por um mundo sem machismo, racismo e homofobia”!” (2007) e “Homofobia é crime! Direitos sexuais são direitos humanos” (2006).
Além da 15ª Parada do Orgulho LGBT, em 2011 é realizada a 9ª edição do Ciclo de Debates, a 11ª Feira Cultural LGBT, o 11º Prêmio Cidadania em Respeito à Diversidade e o 11º Gay Day.
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