quarta-feira, 29 de junho de 2011

Marília Gabriela, entrevista a Chefe da Polícia Civil Mata Rocha.

O programa foi ao ar dia 20/06, mas vale a pena lembrar. Para ver o vídeo, clique aqui. A chefe da Polícia Civil do estado do Rio de Janeiro, Marta Rocha, católica de carteirinha, ao ser questionada sobre ocmo idava com a homofobia, fez questão de lembrar que o Estado é laico e mais, que não admite que seus subordinados não tratem a questão da homofobia com a seriedade que ela merece. A deputada Myrian Rios, que usou a sua fé católica para tentar justificar a sua homofobia, recentemente, em discurso na Alerj, deveria aprender com ela! Veja o diálogo entre a apresentadora Marília Gabriela e a delegada:

quer assistir o vídeo? Clique aqui: http://www.sbt.com.br/defrentecomgabi/videos/Default.asp?id=2c9f94b630a63c190130aee53fdf05af

"Marta, recentemnte o governador Sergio Cabral aderiu à campanha contra a homofobia. Isso de alguma maneira se reflete no trabalho da Polícia Civil?", perguntou Marília.

"Deixa eu te dizer que eu já recebi uma polícia que tem dentro da sua estrutura uma indicação quando o crime é praticado com o viés da homofobia. Então hoje a Polícia Civil do Rio de Janeiro, ao longo desse tempo... Eu estava lá nessa campanha do 'Rio Contra a Homofobia' ... a Poleicia Civil do Estado do Rio de Janeiro já vinha realizando - não só com a Subsecretaria de Direitos, lá da Secretaria de Direitos Humanos - a questão de cursos e treinamento, mas uma perfeita interlocução.", respondeu Marta.

"Você tem evangélicos subordinados seus na Polícia Civil", perguntou Marília.

"Com certeza", respondeu Marta.

"E existe conflito entre as decisões do Estado e as crenças pessoais dentro da Polícia Civil?", perguntou Marília.

Marta foi taxativa: "O Estado é laico. Eu sou católica de carteirinha e tenho o maior respeito pela questão da homofobia. Não admito tratar essa questão a não ser da maneira que ela tem que ser tratada. A polícia que eu quero oferecer é uma política proativa, de resultado, ética e que respeita as diferenças. Eu não admito que um policial civil, se valendo de um entendimento, de um dogma religioso, deixe de atender uma questão importante, que seja uma violência praticada contra um homossexual."

"Você já teve algum problema lá e teve que resolver ou não?", insistiu Marília.

"Com um policial? Nunca! Eu fui intitulada na 12a DP, em Copacabana. Entre as ações que a gente tinha, tinha a organização da Parada Gay."

"Mas eu tô dizendo com crença religiosa, clara...", insistiu Marília.

"Não, não tive", respondeu Martha.

Nenhum comentário:

Postar um comentário