Casal de lésbicas foi vítima de taxista homofóbico na madrugada de 8 de maio, após sair de uma festa na Mansão Laranjeiras, no bairro de Santa Teresa. A publicitária e musicista Eliza Schinner, 29 anos, conta ter levado forte tapa no ouvido esquerdo porque entrou no táxi — que não era de cooperativa e estava em frente ao local do evento — de mãos dadas com sua namorada.
Segundo Eliza, a viagem só durou dois minutos, suficientes para o motorista dar arrancadas bruscas.
“Estávamos descendo uma ladeira, no sentido Laranjeiras, e ele dirigia perigosamente. Pedi que pegasse leve na velocidade”, conta. Ainda de acordo com seu relato, ele não respeitou e disse: “Continua fazendo essa merda aí atrás, que eu continuo aqui na frente”. Ela diz que estava apenas conversando com a namorada.
Ao ouvir a resposta, a musicista retrucou: “Você quer me matar e ainda é homofóbico?”. Ele teria respondido que sim. A vítima pediu que encerrasse a corrida, pela qual se recusou a pagar e, ao sair do carro, o taxista teria ido em sua direção e dado um forte tapa no seu ouvido esquerdo — o que prejudicou em 70% sua audição. Depois da agressão, ele saiu rapidamente do local, e ela não chegou a anotar a placa do veículo.
Devido à falta de informações sobre o agressor, Eliza — que afirma conviver com atos discriminatórios nas ruas — não quis registrar o caso na delegacia. Além de lamentar o caso, ela reclama dos cuidados redobrados que deve ter com seu ouvido agora: “Farei teste para saber se recuperei minha audição, mas não posso mais tocar sem proteção”.
Vítimas de homofobia podem recorrer às ações implementadas pelo governo do estado, com apoio de ONGs e prefeituras, através do ‘Rio Sem Homofobia’.
CENTROS DE REFERÊNCIAS DE PROMOÇÃO DA CIDADANIA LGBT
Serviço de atendimento jurídico, social e psicológico, de segunda a sexta, das 9h às 18h. Unidades já inauguradas na capital, na Central do Brasil, 7 º andar, e em Friburgo, na Av. Alberto Braune 223, Centro.
DISQUE-CIDADANIA LGBT (0800 023 4567)
Serviço telefônico de atendimento 24h e ininterrupto, para orientar e acolher LGBTs, familiares e amigos em situação de violência.
*Reportagem "O Dia"
Na madrugada de domingo (8/05), por volta das 5h30, uma musicista e sua namorada pegaram um táxi na porta da Mansão Laranjeiras, uma casa de festa na subida para Santa Teresa. O motorista começou a descer a rua em alta velocidade, com manobras imprudentes. A artista, então, pediu a ele que fosse mais devagar.
- Continua fazendo essa merda que você está fazendo aí atrás, que eu faço a que estou fazendo aqui na frente - respondeu o taxista.
- Nossa, quer me matar e ainda é homofóbico pelo visto, né? - respondeu a musicista.
- Sou mesmo! - devolveu o selvagem.
A moça, então, pediu que ele parasse ali mesmo. Quando as duas saíram, o motorista desceu e deu um forte tapa no rosto da musicista, que chegou a ficar desacordada por um breve instante. O marginal fugiu em alta velocidade (elas não conseguiram anotar a placa), e a agredida, que trabalha com música, perdeu 70% da audição do ouvido esquerdo.
*Informação do Ancelom.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário