sexta-feira, 11 de março de 2011

As rosas não falam, mais as memórias sim!!!!

Por toda minha vida, edição especial Cartóla, Angenor de Oliveira, conhecido como tal, carioca, nascido no dia 11 de Outubro de 1908, ficou conhecio por suas composições melancólicas que falam de paixões e dessilusões amorosas. Foi considerado por diversos músicos e críticos como o maior sambista da história da música brasileira, Cartola nasceu no bairro do Catete, mas passou a infância no bairro de Laranjeiras. Tomou gosto pela música e pelo samba ainda moleque e aprendeu com o pai a tocar cavaquinho e violão. O menino de família humilde passou por muitas dificuldades financeiras, onde a família numerosa se viu obrigada a se mudar para o morro da Mangueira, onde então começava a despontar uma incipiente favela.
A apresentadora Fernanda Lima declamou plausivelmente a crônica escrita e produzida para o programa. Ela com as palavras conseguiu em quase 2 horas de programa descrever o astro da musica popular brasileira que foi Cartola. Mestre de gerações, Cartola influenciou até mesmo um membro de uma juventude transviada que foi o jovem Cazuza, outro hérói da canção pop/rock brasileira. Angenor de oliveira tinha poucos amigos, mais como Cartóla teve ilustres parceiros com uma amizade sólida. Bem se viu na programação astros e estrelas da música, do jornalismo, produtores, familiares, enfim, bem se viu como Cartóla era e ainda é o surgimento do samba carioca e brasileiro. Bete Carvalho, uma estrela do samba deu seu benéfico depoimento sobre os bons momentos que passou ao lado do compositor e ao meu ver deixou bem claro, que Cartóla não morreu, apenas se aposentou para que novos compositores sambistas ocupassem seu espaço. Haja vista que será impossível alguém tomar o lugar de Cartola, pois foi, é e será único. Entre as emoções destiladas no programa, a mais marcante foi a ocasião em que Cartola com mais de 70 anos conseguiu comprar seu primeiro carro..um sonho...é mais a vida é assim mesmo, sai Noel, sai Cartola, sai Cazuza, mais os espaços jamais serão preenchidos... e é bom essa juventude, que nem se quer faz 18 anos já possui automóvel, saber que as Rosas não falam mais as memórias sim!!!




OBSCartola em 30 de Novembro de 1980, quando eu completaria 10 dias de vida, morreu de câncer, aos 72 anos de idade. O corpo foi velado na quadra da Estação Primeira de Mangueira, onde por lá passaram as mais diversas presenças do mundo da música; Clara Nunes, Alcione, Emilio Santiago, Chico Buarque, João Nogueira, Dona Ivone Lara, Nelson Sargento, Jamelão, Roberto Ribeiro, Clementina de Jesus, Martinho da Vila, Gal Costa, Simone, Elizeth Cardoso, Paulo Cesar Pinheiro, Beth Carvalho, Paulinho da Viola, Gonzaguinha, entre muitos outros. Seu corpo foi sepultado no Cemitério do Caju. Dona Zica viu o corpo do seu grande amor pela última vez, abraçada com Clara Nunes, que era amiga e uma das "queridinhas" do poeta. Atendendo a seu pedido, no dia 1º de dezembro, data de seu funeral, Waldemiro, ritmista da Mangueira, que havia aprendido com ele a encourar seu instrumento, marcou o ritmo para o coro de "As Rosas Não Falam", cantada por uma pequena multidão de sambistas, amigos, políticos e intelectuais, presentes em sua despedida. Em seu caixão a bandeira do time do seu coração, o Fluminense.




Por Daniel Soares 12/03/2011 as 02h02 da manhã!!!! com uma puta dor de cabeça.....

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